sábado, 23 de outubro de 2010

O Verbo era Deus - Erro das Testemunhas de Jeová

Já aconteceu comigo algumas vezes: membros do grupo Testemunhas de Jeová batem à minha porta para pregar A Sentinela e ler passagens da sua pastiche¹ da Bíblia - e, dentre tantas passagens modificadas deliberadamente, a que mais chama atenção é, sem dúvida, João 1,1. Por esta razão, segue uma análise didática sobre a tradução deste trecho a fins de demonstração.

“No princípio era o Verbo
E o verbo estava com Deus
E o verbo era Deus

João 1,1 é uma das muitas passagens da Bíblia que afirmam a divindade de Jesus Cristo, razão pela qual é foco de interesse das doutrinas que tentam negar esta verdade – e as Testemunhas de Jeováassim negam; são notadamente conhecidas por serem uma das seitas que defendem que Nosso Senhor Jesus Cristo é o Arcanjo Miguel ². Como esta última heresia nos exigiria para muito além de traduções e interpretações, mas representa propriamente o que São João escreveu na segunda epístola, versículo 7, nos restringiremos apenas ao que anunciamos no primeiro parágrafo.

Testemunhas de Jeová

As Testemunhas de Jeová utilizam a chamada Tradução do Novo Mundopara a Bíblia, que supostamente teria sido feita a partir dos originais hebraico, aramaico e grego, mas que acabou condenada por todos os estudiosos das línguas citadas. Charles Russell, responsável pela corrupção do texto, conseguiu a façanha de ser levado a julgamento e não conseguir identificar as letras do alfabeto grego, como consta no processo. Na Tradução do Novo Mundo lê-se, onde destacamos em negrito anteriormente:

“E o Verbo era [um] Deus”

A palavra “um” é inserida antes de Deus, de modo que o Verbo Encarnado [João 1,14] não era o próprio Deus, mas “um” Deus. Ora, vejamos que artimanha a seita utiliza como explicação para isto, de acordo com os originais gregos. [As palavras em grego serão transcritas aqui em caracteres latinos, sem os “acentos”, para facilitar o entendimento]

Em Grego, João 1,1:

“En arche en o logos
Kai o logos em pros tos Theon
Kai o logos en Theos”

Em negrito, temos a passagem em Grego que nos interessa neste momento, e que foi traduzida pelas Testemunhas de Jeová como “E o verbo era [um] Deus”. Vejamos:

Em grego, não existe artigo indefinido [um, uma]. Quando a palavra não apresenta o artigo [definido], e quando o contexto e as regras exigem, a tradução acrescenta o artigo indefinido na frente. Veja o exemplo nas frases abaixo:

“Ego eimi e phone”
[Presença do artigo em negrito: “Eu sou a voz”]
“Ego eimi phone”
[Ausência de artigo: “Eu sou uma voz”]

Desse modo, a Tradução do Novo Mundo nos dá a explicação que, de acordo com esta regra gramatical grega, o correto seria acrescentar o artigo indefinido “um” antes de Deus na passagem “Kai o logos en Theos”, uma vez que antes de “Theos” não viria o artigo definido – e que da mesma forma como ocorre em outras passagens do Novo Testamento, em que os diversos tradutores utilizam esta regra, da mesma forma em João 1,1 esta regra pode ser aplicada. Mas será que isso é verdade? Vejamos:

“Kai o logos en Theos”

Em grego, quando o sujeito e o predicativo do sujeito são constituídos por substantivos, deve-se observar a regra de que o sujeito [Logos/Verbo] é acompanhado de artigo definido, enquanto o predicativo do sujeito [Theos/Deus] não é. Desta forma, Theos não deve vir com o artigo. Na língua grega, a posição dos termos de uma oração varia, e não necessariamente determinará a função gramatical da palavra, uma vez que as funções gramaticais são identificadas pelos chamados “casos” - onde uma mesma palavra terá sua grafia modificada de acordo com a função que desempenha na oração. Este exemplo pode também ser visto em João 1,1: “pros tos Theon” e “logos en Theos”, onde os leigos em latim, alemão, grego ou afins, podem observar como isso funciona. Tomemos a seguinte frase:

Kai Theos en o logos”

Esta frase, embora traga “Theos” na frente, significa a mesma coisa que “Kai o logos en Theos”. A primeira vista, poderíamos traduzi-la por “E Deus era o Verbo”, mas isto não estaria correto. Muitas frases em grego trazem diferentes “arrumações” de seus termos [assim como em latim], e, no entanto, na hora de traduzir para uma língua, como para o português, teríamos o mesmo significado. “Kai Theos en o logos”, então, significa “E o Verbo era Deus”. No caso de “Kai o logos en Theos” ou “Kai Theos en o Logos”, o que nos permite saber “quem era o quê” é justamente a presença do artigo [neste caso, “o”] antes do sujeito. Há ainda outra possibilidade de escrever esta mesma frase, em grego, sem que nenhum dos termos venha precedido de artigo. No caso das frases nominais cujo sujeito e predicativo do sujeito sejam substantivos, e nenhum deles esteja acompanhado de artigo, o predicativo do sujeitodeve vir em primeiro lugar na frase:

“Kai Theos en logos”

Igualmente, temos o significado de que “O verbo era Deus”. Poderíamos ainda escrever:

“Kai Theos Logos.”

Nesta última, não temos o artigo e não temos também o verbo [“en”] de ligação explícito. O significado, no entanto, se mantém: “O verbo era Deus”.

Dessa forma, fica bastante evidente que a tradução de João 1,1 imposta pelas Testemunhas de Jeová, e por extensão á toda a Bíblia, é imoral, inaceitável, criminosa. Não tem qualquer fundamento. Há exemplos de imoralidades como essa em praticamente todos os versículos da Tradução do Novo Mundo, mas a passagem escolhida aqui é a mais gritante. Há inúmeras explicações disponíveis sobre esta passagem, e na verdade muito melhores do que esta, porém a elaborei pensando que poderiam servir aos leigos de nível 1, ao contrário das explicações que encontrei, que ou serviam aos leigos de nível 2 ou 3 ( regras gramaticais gregas pouco mastigadas) ou eram feitas por pessoas que apenas tinham compilado informações. Há explicações excelentes nos livros (algumas pessoas se deram a esse trabalho, ainda bem). Deduzimos ainda que:

- Se João desejasse escrever que o Verbo não era Deus [se ignorarmos todo o resto da bíblia que afirma que o Verbo era] e quisesse, como alegam as Testemunhas, atribuir ao Verbo uma qualidade divina, ele teria usado o adjetivo Theios.

- Afirmar que existe mais de um Deus é politeísmo.

Uma objeção: Russel morreu em 1916. A Tradução do Novo Mundo foi feita na década de 1950. O que ele tem haver com a corrupção do texto?

De fato Russel morreu em 1916, e embora a "conclusão" da chamada Tradução do Novo mundo [coloco entre aspas, já que a essa altura sabemos que não houve tradução alguma] tenha sido anunciada oficialmente por volta de 1950, é sabido que Charles Russel, com o intuito de propagar as suas próprias ídéias sobre a Sagrada Escritura (e reinvidicando conhecimento da língua grega), pregava para os membros das Testemunhas de Jeová, tanto em cultos, como em publicações (a antiga revista Torre de Vigia e versões "corrigidas" dos evangelhos), essas novas versões. De que forma ele fazia isso? Ora, de má fé e mentindo, dizia ele que todas as traduções existentes até então eram obras falsas do verdadeiro conteúdo dos evangelhos,de maneira que ele próprio tendo profundo conhecimento da língua grega era capaz de corrigir para seus fiéis - e finalmente lhes oferecer o sentido correto daquelas passagens. Isto significa, por exemplo, que quando São João Evangelista fala da "glória do Filho unigênito", este deturpador dizia que não era do Filho unigênito, mas "a glória COMO SE FOSSE DE um filho unigênito".

A atitute de Russel chamou tanta atenção que até mesmo um reverendo da Igreja Batista do Canadá, se eu não me engano, publicou uma espécie de informativo intitulado "Algumas verdades sobre o Pastor Charles Russel", onde dizia que Russel não tinha qualquer conhecimento da língua grega, e que por isso não podia falar o que dizia.

Decorre desse fato o que mencionei mais acima, uma vez que Russel, indignado com a publicação, processou o reverendo por calúnia. No tribunal, quem acabou condenado foi ele, que não foi capaz de identificar o alfabeto grego.

Como mentor das principais heresias das TJ, Russel é, de fato, o responsável pela Tradução do Novo Mundo e pela deturpação do texto, uma vez que tudo o que fora modificado ali, o foi unicamente para atender às deturpações de seus ensinamentos: tudo aquilo que, em vida, ele afirmava.

Ora, por mais razões ainda é lícito chamá-lo de responsável pela injúria:

Primeiro: porque não houve qualquer tradução; é simplesmente absurdo localizar no espaço e no tempo, como você fez no comentário, uma coisa que nem sequer existiu. A chamada Tradução do Novo Mundo é uma mentira, uma alucinação, nunca aconteceu.

Segundo: o comitê inexistente da tradução inexistente não divulgou nomes dos responsáveis pela tradução. Isso é redundante, uma vez que não se pode divulgar nomes de fantasmas, mas acrescentemos a isso o fato de que ´nenhum dos membros poderia ser levado novamente a Julgamento (como tantos outros, como F.W. Franz, suposto especialista em hebraico, foi levado), mesmo que aceitassem mentir, colocando seus nomes lá, como especialistas. Tudo o que foi feito se resume à uma paráfrase patética, com todo tipo de absurdo, para se adequar às heresias da Seita, junto com algumas explicações risíveis sobre o Grego Antigo - explicações que deixam qualquer estudioso de grego, do nível mais elementar, indignado.

sábado, 16 de outubro de 2010

Dom da Fé


"Esta é uma arma que vence o mundo: a nossa fé" (1Jo 5,4)

O terceiro carismas das obras é a fé. Dom que o Espírito Santo colocou à nossa disposição para que possamos usufruir da própria onipotência de Deus. A fé é a nossa "energia atômica", capaz de aniquilar todas as forças infernais, é ela que nos desperta para acreditarmos convictamente em algo que não se vê, geralmente, de maneira natural.

Hoje, infelizmente o naturalismo e o ceticismo estão ganhando muito terreno. Hoje, submersos no materialismo e orgulhosos pela própria auto-suficiência os homens creêm que já não mais precisam crer. Creêm somente em si mesmos, nas próprias capacidades, nos seus talentos, no dinheiro, nos seus próprios planos.

Não confiam nos chefes políticos e consequentemente nos chefes religiosos, e ainda nos amigos e parentes, e lógicamente menos ainda nas coisas sobrenaturais.

Verdade é que na alma do povo ainda há um resíduo de fé, mas trata-se de uma fé tradicional, vaga, confusa, subjetiva e superficial. Não conhece o verdadeiro sentido dos dogmas e da doutrina católica.

A fé um dom de Deus; um raio de luz que parte de Deus para a alma humana, que para vingar deve encontrar um terreno adequado, deve ser aceita de coração e espírito aberto, pois o Espírito Santo não invade corações trancados. "A fé vem de pregação e a pregação é feita por mandato de Cristo" (Rm 10,17).

A crise de fé se verifica no povo cristão e até mesmo entre os seus líderes e pastores. Todas as crises morais, têm sua origem na crise da fé. O movimento de renovação carismática pretende ser, principalmente, um movimento de renovação da fé, encarando-a como virtude e como carisma.

A fé como virtude

Fé como virtude significa aderir às verdades reveladas por Deus, não pela credibilidade intrínseca dessas verdades, mas pela confiança que depositamos naquele qu no-las fez conhecer.

Nos grupos carismáticos vive-se da fé. Após o "batismo no Espírito", os artigos do Credo tornam-se misteriosa e surpreendentemente claros, evidentes e sublimes. Os próprios mistérios já não são comparáveis a muros resistentes contra os quais seria inútil bater a cabeça, mas são como oceanos de luz nos quais se anseia imergir com toda alegria.

Cristo torna-se, pela fé, o centro de sua vida, a alegria transbordante de cada respiro e o objeto predileto dos seus incessantes louvores.

Em tempos que se caracterizam pela revolta e pelo individualismo insubordinado, os carismáticos reafirmaram sua fé na igreja e a submissão incondicional aos seus legítimos representantes. Os carismáticos quase que instintivamente, encaram todos os acontecimentos, grandes e pequenos, alegres e tristes, à luz de Deus, procurando julgá-los sempre sobre o prisma da fé. seja qual for a circunstância, alegre ou dolorosa, as pessoas carismáticas só têm um comentário a fazer e uma só exclamação a proferir: "Deus seja louvado".

A virtude da fé encerra ainda um outro aspecto que deve ser relevado. A fé não é só adesão às promessas de Cristo. Em outros palavras, fé significa entrega total a Deus e à sua providência. Deus, ao criar-nos preparou um plano relativo a cada um de nós. Como seres conscientes precisamos descobrir o plano, aceitá-lo e colaborar com todas as nossas forças para que ele seja levado a bom termo.

"O justo vive da fé", diz o Apóstolo (Rm 1,17). O que vale dizer que a fé é o termômetro da nossa santidade.

Aquele que tem fé é uma pessoa que vive confiante na providência divina, não se deixa abater pelas dificuldades em meio as necessidades, pois sabe que o Pai que está no céus tudo providenciará e este como o Apóstolo poderá dizer: "sei em quem depositei minha confiança" (2Tm 1,12). E mesmo que tudo se manifeste contrário ao nosso ato de fé, continuamos a crer, sem indagar-nos como, por quais caminhos e meios o Senhor virá ao nosso encontro.

A fé como carisma

A virtude da fé, comum a todos os cristãos, difere do dom da fé, mencionado por Paulo: "a outro é dado o dom da fé" (1Cor 12,9). Este é realmente um dom sobrenatural do Espírito Santo, conferido em circunstancias especiais para dar cumprimento às obras de Deus. É Deus mesmo que, em determinada circunstâncias, faz com que a pessoa aja da maneira que ele quer. Há determinadas situações em que certas pessoas são revestidas de um poder sobrenatural, tornando-as capazes de ver claramente que Deus revelará o seu poder e sua bondade através de um sinal extraordinário. Em outras palavras o homem de fé percebe em si mesmo e com absoluta certeza, que o Senhor deseja realizar um milagre por meio dele. Ora essa revelação interna leva-o a agir com firmeza e a reagir contra as circunstâncias contrárias, como se ele estivesse vendo agora o que ainda irá acontecer depois.

O homem de fé não crê simplesmente que Deus pode fazer tal prodígio, mas que o fará de fato ou, antes, que ele já o fez. Essa foi, aliás, a atitude de profeta Elias ao fazer descer o fogo sobre o Monte Carmelo. Essa foi também a atitude de Pedro que, sem titubeios, disse ao coxo que se encontrava à porta do templo: "Em nome de Jesus nazareno, levanta-te e anda" (At 3,6). Noutra ocasião, o próprio Pedro ressuscitou o corpo de Tabita dizendo simplesmente: "levanta-te" (At 9,36). Paulo também agiu da mesma maneira quando, colocando-se sobre o corpo de Êutico, o abraçou e gritou para a multidão: "Não vos perturbeis, que ele está vivo".

Concluindo, podemos dizer que o dom da fé é um carisma relacionado com os de mais. O dom da fé serve de preparação para usar ou outros, principalmente o dom das curas e o dom dos milagres. Como os demais dons do Espírito, trata-se de um carisma concedido gratuitamente, embora nada nos impeça de pedi-lo, principalmente se a glória de Deus e o bem do corpo místico o exigirem.

sábado, 9 de outubro de 2010

Dom da Interpretação das Línguas

Não é uma tradução. Quando uma profecia é proclamada em línguas, ou seja, com gemidos inefáveis, ininteligíveis, faz-se necessária a utilização do dom da Interpretação das Línguas, em que uma ou mais pessoas, respeitando-se a ordem, irá proclamar aquela mesma profecia em vernáculo, isto é, em linguagem inteligível, no idioma do grupo. É imprescindível que haja quem interprete uma profecia proclamada em línguas, sob pena de o povo não entender a mensagem divina a ele dirigida. Veja o que Paulo nos ensina acerca da Interpretação das Línguas em I Cor. 14, 13. 27-28.

O que é a interpretação de Línguas?

Se a oração em línguas edifica a pessoa, a fala em línguas deve receber interpretação, que é dom do Espírito Santo. A expressão falar em línguas sugere, então, uma mensagem que chega para a comunidade ou para uma pessoa no dom de línguas, e para que os ouvintes compreendam a mensagem, esta precisa ser interpretada. Se na assembléia não tiver ninguém que a interprete, então, o transmissor da mensagem deve silenciar-se.

O dom da interpretação de línguas não é um dom de tradução. Trata-se de uma moção, uma unção do Espírito Santo para se tornar compreensível aos membros da comunidade aquela mensagem do Senhor que chega pelo dom de Línguas.

A interpretação como um dom permanente

Assim, orar em línguas é um dom permanente, podendo-se dispor dele a qualquer momento para a edificação pessoal; e o falar, emitir uma mensagem do Senhor em línguas pode ser considerado uma carisma transitório (temporário), usado em determinados momentos; contudo, são sempre dons de Deus e carismas diferentes. Estes carismas podem se manifestar em qualquer membro da comunidade, segundo a vontade de Deus com a unção do Espírito Santo para que suas mensagens sejam passadas ao seu povo.

Na fala em Línguas, Deus pode nos dar uma Revelação, Profecia ou Palavra de Ciência, Doutrina, ou discurso em línguas. E nesses casos deverá ter interpretação. Quando se FALA em línguas, se pressupõe dom de línguas e o da interpretação, para que assim, se torne conhecido o pensamento do Senhor. Paulo diz: “Se não houver intérprete, fiquem calados na reunião” (v.28), por isso se indica que esse dom pode ser considerado permanente.

Como a interpretação se manifesta

A interpretação consiste “numa inspiração especial do Espírito Santo pela qual o agraciado é capacitado a dar sentido a uma mensagem vaga; este dom diz respeito ao conteúdo espiritual de uma mensagem; e quando uma mensagem em línguas recebe uma interpretação”.

Este dom se manifesta na mente da pessoa que recebe o significado da mensagem, e esta é movida a repassar com palavras inteligíveis a todos os presentes a mensagem que vem do Senhor. A mensagem em línguas pode ser curta ou longa, porém a interpretação dever ser concisa e clara, para que todos entendam. O Senhor não envia uma mensagem em partes, portanto, a interpretação deve trazer a mensagem em sua totalidade e não dividida em partes. Mais de uma pessoa pode receber a mesma interpretação de uma mensagem, nesse caso o comportamento deve ser o mesmo do utilizado nas profecias e dizer: Eu confirmo!

Há unção para a interpretação?

Sim, assim como há unção nas profecias e nas mensagens em línguas, vemos também, que há na interpretação. Podemos dizer que esta unção é uma espécie de um impulso para a interpretação, e quanto mais o intérprete se habitua a essa unção, mais fácil ficará de identificar o modo como o Senhor dita as palavras.

A interpretação deve ser correta e não contradizer as Escrituras, o magistério da Igreja ou o sesus fidei do povo de Deus. Caso contrário, a interpretação deve ser interrompida. O intérprete, ao proclamar uma mensagem, deve iniciar da seguinte forma: Eis o que o Senhor diz! Pois é em nome do Senhor que ele proclama a mensagem e não por si próprio.

Todo carisma, como o da interpretação, visa a edificação da Igreja; para isso deve ser pedido com humildade, abrindo-se sempre mais a ação do Senhor.