terça-feira, 30 de março de 2010

A mais recente descoberta relativa ao Santo Sudário

O Santo Sudário está de novo em foco. No primeiro semestre de 1996 descobriram-se vestígios de uma Segunda moeda colocada, esta, sobre o olho esquerdo do homem que estava envolvido nessa peça mortuária. Tal moeda (lepton) foi reconhecida como datada dos anos 29/30 d.C., ou seja, dos tempos do Senhor Jesus. Este achado mais uma vez afasta a hipótese de se tratar de um pano medieval e corrobora a tese da autenticidade do Sudário. Os vestígios da outra moeda, colocada sobre o olho direito do cadáver conforme os costumes de sepultamento dos antigos, já foram encontrados em 1979. É de crer, pois, que o Sudário seja genuíno. Todavia deve-se notar que a fé não se baseia na autenticidade de alguma relíquia ou de alguma descoberta científica. O Santo Sudário de Turim é tido por bons pesquisadores e por fiéis devotos como a mortalha que envolveu o corpo de Jesus Cristo descido da Cruz. Os traços neles impressos revelam um homem de grande estatura, que terá sofrido todos os tormentos de que fala o Evangelho ao narrar a Paixão de Cristo. Vários exames científicos têm levado a crer que realmente se trata de uma peça muito antiga, sendo altamente provável que haja envolvido o Corpo de Jesus morto.A história do Sudário foi apresentada em PR 119/1969, pp. 466s; a descrição da imagem respectiva encontra-se em PR 320/1989, pp. 34-43.Sabe-se que aos 13/10/1988 pequenos fragmentos do Sudário foram submetidos ao teste do Carbono 14 em três Laboratórios, a saber: em Oxford, Zürich e Tucson... O resultado do teste foi surpreendente, pois punha em xeque todas as conclusões de peritos médicos, bioquímicos, biofísicos, historiadores, pessoal da NASA e dava a crer que a mortalha data da faixa dos anos 1260-1390; a imagem terá sido obra de um pintor medieval. Ver a propósito PR 322/1989, pp. 98-103; 329/1990, pp. 467-472; 341/1990, pp. 473-477; 387/1993, pp. 482-487.Após o teste do Carbono 14, vários cientistas refletiram sobre os fatos e propuseram ponderações que realmente dissuadem da veracidade dos resultados do teste do Carbono 14; ver subtítulo 2 deste artigo.A quanto tem sido dito sobre a autenticidade do Sudário acrescentou-se em julho de 1996 uma nova descoberta, que, segundo alguns pesquisadores, afasta qualquer dúvida que contrarie a genuinidade da peça. Eis os eventos respectivos:1. A DESCOBERTA DOS VESTÍGIOS DE UMA MOEDADois cientistas italianos , de renome internacional, os Professores da Universidade de Turim, Dr. Luigi Baima Bollone, médico, e o Dr. Nello Balossino, perito em investigações computadorizadas, Identificaram a marca deixada sobre o olho esquerdo da imagem por uma pequena moeda chama lepton. É de notar que os antigos, no tempo de Jesus, costumavam colocar uma moeda sobre cada um dos olhos do cadáver.Utilizando a tecnologia avançada do computador, os dois cientistas italianos puderam averiguar que a moeda cujos vestígios foram encontrados, foi cunhada no 16º ano do reinado do Imperador Romano Tibério, que começou a reinar em 14 d.C., a data de origem da moeda corresponde portanto aos anos 29/20 da nossa era. Verificam-se que a moeda colocada sobre o olho esquerdo escorregou para trás, sobre a fronte, talvez por causa da inchação do cadáver; fora colocada sobre o olho do defunto de tal modo que a data respectiva ficasse claramente visível.A outra moeda, que, localizada sobre o olho direito, fazia parelha com a recém-descoberta, já fora identificada em 1979 pelo jesuíta Pe. Francis Filas, teólogo da Universidade Loyola de Chicago; foram os seus vestígios confirmados pelo monetário italiano Mario Maroni em 1985. Foi precisamente a identificação dessa primeira moeda que levou os cientistas Bollone e Balossino a pesquisar os traços da eventual Segunda moeda. Recorrendo a uma série de análises computadorizadas, o Prof. Balossino comparou a Segunda moeda a moedas tidas como autênticas peças do tempo de Cristo, tais como se encontram no catálogo de moedas da Palestina guardadas no British Museum. Mas ainda: a Segunda moeda corresponde exatamente a um exemplar de moedas romanas da coleção do monetário italiano Cesare Colombo. Os dois pesquisadores italianos julgam a sua descoberta apta a resolver o mistério do Sudário, pois confirma irrefutavelmente a tese de que se trata de uma peça datada do tempo de Cristo, e não medieval. São palavras do Prof. Bollone:“Não precisamos mais de apelar para testes ou cálculos. Temos agora uma prova intrínseca, claramente estampada, podemos dizer, sobre o próprio Sudário. Nenhum artista medieval pode ter realizado tal obra”.Aos 7/7/1996 o Prof. Bollone declarou ao jornal Avvenire:“Na minha opinião, esta última descoberta é precisamente a prova cabal de que o Sudário de Turim envolveu realmente o Corpo de Cristo crucificado e sepultado”.Verdade é que o jornal Le Monde, de Paris, aos 3/7/1996 publicou comentários do Prof. Jean-Michel Maldame, que defendiam a autenticidade do teste do Carbono 14: alegava que na Idade Média era usual fabricar relíquias falsas para atrair peregrinos de longe, e concluía que os defensores da autenticidade do Sudário não poderiam ser tidos como seguidores de séria disciplina intelectual.A estes dizeres o Prof. Bollone respondeu num programa de televisão italiana chamado Mixer:“neste dias nenhum pensador idôneo – como bem prova a bibliografia especializada – acredita na tese da “tardia Idade Média”, sugerida pelo teste do Carbono 14 radioativo efetuado em 1988... O Sudário é marcado por traços anteriores à data estabelecida pelo C 14. Estamos agora de posse de elementos intrínsecos (pertinentes ao próprio Sudário) derivados das marcas das moedas, que levam a atribuir essa peça à data de 30 d.C.”.2. E OS RESULTADOS DO TESTE DO C 14?Atualmente os estudiosos reconhecem que, no decorrer dos séculos, diversos fatos produziram a contaminação do Sudário, tornando impossível estabelecer a sua data de origem mediante o teste do C 14.Com efeito. Em 14/4/1503 o tecido foi colocado em óleo fervente para se testar a fixidez ou a indelebilidade da respectiva imagem.Aos 4/12/1532 deu-se um surto de incêndio na capela de Chambéry (França), onde o Sudário era guardado. A prata da caixa que encerrava essa peça, derreteu-se, e pingou sobre a mortalha; em conseqüência, reações químicas causadas pelo fogo devem ter aumentado a quantidade de carbono que se achava depositado entre as fibras do tecido. Ora isto não pode deixar de ter provocado graves erros na avaliação pelo C 14.O Prof. Leôncio Garza Valdes, da Universidade do Texas, especialista do Departamento de Microbiologia, examinou um conjunto de fungos e bactérias que, através dos séculos, se depositaram sobre o Sudário e puderam causar equívocos por ocasião do teste do C 14.Além disto, é notório que o Sudário foi tocado por muitas mãos (mãos limpas e mãos sujas), que deixaram algum resíduo sobre o pano respectivo.Sabe-se de resto que a história do S. Sudário é acidentada: passou por várias vicissitudes, que explicam o aumento de carbono entre as fibras do seu tecido. A santa mortalha aparece, pela primeira vez, como se crê, em 544 na cidade de Edessa (Síria); depois julga-se que reaparece em Constantinopla em 944; mais tarde, em 1353 em Lirey (França); em 1452, em Chambéry (França), e finalmente em Turim no ano de 1578.Estes e outros dados de uma história muito complexa levam a desacreditar dos resultados do teste de 1988. Verdade é que nem todos os cientistas estão convencidos da autenticidade do Sudário – o que se compreende, pois a ciência nunca pára de investigar e está sempre a fazer reservas diante das conclusões mais plausíveis a que chegue.3. A POSIÇÃO DA IGREJAA Igreja não faz questão de afirmar a autenticidade do Sudário como se esta fosse indispensável para respaldar as verdades da fé. A Igreja, no caso, entrega o juízo aos cientistas, pois o assunto é mais da alçada da ciência do que da fé. A propósito o Cardeal Giovanni Saldarini Arcebispo de Turim e Guardião do Santo Sudário, pronunciou-se em programa de televisão aos 7/7/1996:“A imagem nos apresenta o seguinte problema: estamos nós contemplando mera criação artística ou, ao contrário, a verdadeira figura de Jesus como era após a sua paixão e morte? Esta não é uma questão de fé. Os fiéis gozam de absoluta liberdade para crer ou não crer nos dados fornecidos. Ninguém jamais tentou servir-se do Santo Sudário para provar a fé cristã. A fé não se funda sobre imagens nem sobre relíquias nem sobre descobertas científicas. Doutro lado, se se pode demonstrar que o Sudário reproduz realmente a imagem de Jesus Cristo, os não crentes terão mais dificuldade para sustentar a incredulidade”.O Pe. Giuseppe Ghiberti, teólogo e Assistente do Cardeal Saldarini, também se manifestou sobre o assunto:“Creio que, antes do mais, toca à ciência avaliar esta última descoberta. Se for tida como genuína, as conseqüências da mesma não serão desprezíveis. Ter-se-á uma nova modalidade de evidência histórica que até hoje nenhum documento escrito e nenhuma peça arqueológica nos proporcionou”.Interessantes são as ponderações da Profª. Emanuela Marinelli, autora de um dos mais recentes livros sobre o Sudário:“O Sudário é um documento que interpela profundamente: se é autêntico, é fruto de um amor sobre-humano; se não é autêntico, é fruto de um gênio sobre-humano”.Estes dados foram colhidos no artigo de Antonio Gaspari: The Shadow of a Coin, em Inside the Vatican, October 1996, pp. 20s.

sábado, 27 de março de 2010

O Espiritismo e a Igreja Católica

A DOUTRINA SOBRE A REDENÇÃO

"É pelo sangue de Jesus Cristo que temos a Redenção, a remissão dos pecados, segundo a riqueza de Sua graça que Ele derramou profusamente sobre nós", explica São Paulo aos Efésios (1,7). Nossa Redenção pela Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus é outra verdade fundamental da Fé Cristã. Nisto consiste propriamente a "boa nova" ou os "Santos Evangelhos". Mas nem esta verdade tão central entra no credo espírita de Allan Kardec. Segundo ele, cada um deve ser seu próprio redentor através do sistema de reencarnações.

Jesus disse aos seus Apóstolos: "Aqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados" (Jo 20,23). Mas os espíritas não procuram receber o perdão divino que lhes é generosamente oferecido. O espiritismo nega a criação da alma humana, recusa a união substancial entre corpo e alma, afirma que não há anjos e demônios, repudia os privilégios de Maria Santíssima, não admite o pecado original, contesta a graça divina, abandona toda a doutrina sobrenatural, rejeita a unicidade da vida humana terrestre, ignora o Juízo particular depois da morte, não concede a existência do Purgatório, ridiculariza o Inferno, reprova a ressurreição da carne e desdenha o Juízo Final. Em uma palavra: renuncia a tudo que é Cristão.

FALSOS CRISTÃOS

Sendo o Brasil um país tradicionalmente Católico, os espíritas se apresentam como "cristãos" e difundem principalmente o "Evangelho Segundo o Espiritismo". Começaram por dizer que o espiritismo é apenas ciência e filosofia, não cogitando de questões dogmáticas; que eles não combatem crença alguma; que o Católico para ser espírita, não precisa deixar de ser Católico; que todas as religiões são boas, contanto que se faça o bem e se pratique a caridade, etc.; e por isso vão dando nomes de Santos nossos aos centros espíritas. O Conselho Federativo resolveu prescrever a seguinte norma geral:

"As sociedades adesas (à Federação Espírita Brasileira), mediante entendimento com a Federação, quando esta julgar oportuno e as convidar para isso, cuidarão de modificar suas denominações no sentido de suprimir delas o qualitativo de "Santo" e de substituir por outras, tiradas dos princípios e preceitos espíritas, dos lugares onde tenham sua sede, das datas de relevo nos anais do espiritismo e dos nomes dos seus grandes pioneiros". Assim, por exemplo, começa algum centro espírita por chamar-se "Centro São Francisco de Assis", depois, quando a Federação julgar oportuno, suprimirá o qualitativo de "santo", e afinal, quando seus adeptos já estiverem suficientemente distanciados da Santa Igreja, será "Centro Allan Kardec"...

O ESPÍRITA PERANTE A SANTA MADRE IGREJA

Em 1953 a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil reafirmou a determinação feita pelo Episcopado Nacional da Pastoral Coletiva de 1915, revista pelos Bispos em 1948 nestes termos: "Os espíritas devem ser tratados, tanto no foro interno como no foro externo, como verdadeiros hereges e fautores de heresias e não podem ser admitidos à recepção dos Sacramentos, sem que antes reparem os escândalos dados, abjurem o espiritismo e façam a profissão de Fé".

Segundo o novo Código de Direito Canônico (de 1983), "chama-se heresia a negação pertinaz, após a recepção do Santo Batismo, de qualquer verdade que se deve crer com Fé Divina e Católica, ou se duvida pertinazmente a respeito dela" (Cân. 751); e no Cânon 1364, parágrafo 1, a nova legislação eclesiástica determina que o "herege incorre automaticamente em excomunhão", isto é: deve ser excluído da recepção dos Sacramentos (Cân. 1331, parág. 1), não podem ser padrinhos de Batismo (Cân. 874), nem da Confirmação (Cân. 892) e não lhe será lícito receber o Sacramento do Matrimônio sem licença especial do Bispo (Cân. 1071) e sem as condições indicadas pelo Cânon 1125. Também não pode ser membro de associação ou irmandade católica (Cân. 316). (d. Boaventura Kloppenburg (ofm), Bispo Emérito da Diocese de Novo Hamburgo-RS/Brasil).

Comentário

É de se ver com suspeita certos grupos que surgiram depois de século XVI a partir de Lutero e que dizem servir a Jesus Cristo, enquanto que para negar e atacar a Santa Igreja, fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo, recorrem a todo o tipo de má-fé: acusações infâmes, calúnias e injúrias de todo o tipo, tentando denegrir a Instituição Divina. E uma dessas falsidades é passar aos seus prosélitos a idéia de que a Igreja Católica e o espiritismo é a mesma coisa, ou que na Igreja Católica tudo é permitido.

E para que os seus prosélitos nunca tenham acesso às verdades da Verdadeira Fé, instigam os seus adeptos a só aceitarem da Igreja Católica a Bíblia Sagrada, e mesmo assim, incompleta, pois que dos 73 livros, somente 66 são aceitos por eles, e muitas vezes adulterados. Muito conveniente para quem deseja mostrar uma extraordinária faixada, às vezes bela, emotiva e atraente, porém, sem o essencial da nossa Verdadeira Fé de dois mil anos, desde os tempos de Cristo até os dias de hoje. E muitas vezes, inchados de orgulho, para justificar as suas mentiras, recorrem ao fanatismo emocional ou dizem que a Igreja errou muito no passado e deixou de existir, ou então que Nosso Senhor Jesus Cristo não fundou nenhuma Igreja.Essa é uma mentira flagrante que revela a extrema desonestidade, visto que em qualquer uma das afirmações nega a Bíblia e chama Jesus Cristo de mentiroso.

É só olharmos a Bíblia: em Mt 16,18 Jesus diz: "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; e as portas do inferno jamais prevalecerão contra ela". Quem nega esta verdade, e diz estar seguindo a Bíblia, esse sim, é prevaricador e mentiroso, porque é filho do pai da mentira, e por isso têm ódio contra tudo que vem da parte de Deus (Cf Gen. 3,15), e odeia aquela Mulher a quem o próprio Deus concedeu-lhe o poder de esmagar a cabeça da serpente e Satanás. De fato, o ódio entre os filhos da luz e os filhos das trevas; a descendência da Mulher e a descendência de Satanás, a antiga serpente. Que a Santíssima Virgem e Mãe de Deus interceda por esses infelizes que se deixaram prender e escravizar nas armadilhas de Satanás, para que a Misericórdia de Nosso Senhor e Deus chegue até eles, para que se convertam à única Igreja do Senhor Jesus, à qual foi confiado todo o Patrimônio da Verdadeira Fé (I Tim 3,15; Ef 3,10).

O ESPIRITISMO NÃO CONDUZ A ALMA DE VOLTA PARA DEUS

"... e se então alguém vos disser: eis aqui está o Cristo; ou, ei-lo acolá; não creias! Porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas, que farão sinais e prodígios para seduzir, se possível for, até os escolhidos. Eis que vos preveni de tudo" (Mc. 13.21-23).

Está na Sagrada Escritura (Bíblia), Palavra de Deus, o Espírito Santo falando aos seus profetas:

• No Livro de Levítico diz: "...Se alguém se dirigir aos espíritas ou advinhos para formicar com eles, voltarei meu rosto contra esse homem e o cortarei do meu povo" (Levítico 20,6). Obs: Esse Livro (Levítico) foi escrito há aproximadamente 400 anos antes do nascimento de Cristo: portanto somando-se 400 anos antes do nascimento de Jesus mais 1.999 após o seu nascimento (dias de hoje), dará uma soma de 2.399 anos, ou seja, o Espírito Santo de Deus já nos avisava há 2.399 anos o que iria estar ocorrendo nos dias de hoje; a confusão que o espírito das trevas, o pai da mentira, Satanás iria estar provocando.

À Partir do séc. XIX, na França, com Alan Kardec, surgiu essa grande fraude (mentira) que hoje já confunde e ilude a milhões de pessoas com essa falsa doutrina reencarnacionista. Essa doutrina desmente mais de 40 verdades da Sagrada Escritura (Bíblia); a não ser que você não acredite na Bíblia, e prefira os falsos profetas! Porém isto também foi antecipado por Deus ao Profeta Jeremias, 700 anos antes do nascimento de Jesus, onde diz, no capítulo 17, versículo 5:

• "Eis o que diz o Senhor Deus: Maldito o homem que confia em outro homem, que da carne faz o seu apoio e cujo coração vive distante do Senhor!..." Se você prefere renegar a Palavra de Deus, na Bíblia, e apoiar-se em homens, falsos profetas como Alan Kardec, Buda e etc., não tenha dúvidas que quando comparecer ao Tribunal Divino será cobrado por essa atitude incrédula, teimosa ou quem sabe até orgulhosa; pois avisado você foi!!! Ainda na mesma época, aproximadamente 400 anos antes do nascimento de Jesus Cristo, nosso Salvador e Redentor – o Filho do Deus Vivo – temos o Livro do Deuteronômio e, portanto, mais uma vez o Espírito

Santo de Deus avisando aos homens sobre a falsa doutrina que viria, ou seja, o Espiritismo:

• "... Não se ache no meio de ti, quem faça passar pelo fogo seu filho ou sua filha, nem quem se dê a adivinhação, a astrologia, aos agouros, ao feiticismo, à magia, ao espiritismo, à adivinhação ou a invocação dos mortos, porque o Senhor, teu Deus, abominará aqueles que se dão a essas práticas..." (Deuteronômio 18,10-12).

Portanto, concluindo, que fique bem claro: "o espiritismo é abominável diante de Deus"; e como não existem três caminhos, são apenas dois, ou seja, o que conduz à Deus e o que leva ao inimigo de Deus, esteja pois, bem alerta, porque a ação do espírito das trevas é tirar as pessoas do verdadeiro Evangelho, o único que Jesus deixou; leia à seguir o que São Paulo diz na Epístola aos Gálatas, capítulo 1, versículos 6 à 10:

• "Mas, ainda que alguém, nós ou um anjo baixado do Céu, vos anunciasse um evangelho diferente do que vos temos anunciado, que ele seja anátema. (maldito) Repito aqui o que acabamos de dizer: se alguém pregar doutrina diferente da que recebeste, seja ele excomungado!" (Gálatas 1,6-10).

Portanto, note bem, o evangelho segundo Alan Kardec é um anátema (maldito); seja ele e seus seguidores excomungados, alerta São Paulo!

Definitivamente, pois, siga o único e verdadeiro Evangelho que Jesus Cristo deixou e dentro da única Igreja que instituiu e entregou a Pedro, para ser o primeiro Papa; e que está muito claro no Evangelho de São Mateus, capítulo 16, versículo 18... "Pedro, tu és pedra, e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja..." (Mateus 16,18). Todas as outras igrejas foram fundadas por homens, que se julgaram juízes da única Igreja que Jesus deixou, ou seja, dissidentes. Esses fizeram as suas "igrejas" somente à partir do século XV; portanto, por mais de 1400 anos, existiu apenas a Igreja que Jesus Cristo instituiu, o que deveria acontecer até hoje; isso, se todos os homens fossem obedientes! A obediência também está no Evangelho e Jesus deixou bem claro: "Ai daqueles que alterarem um só til das minhas palavras"; e mais "ai daqueles que julgarem antes de mim"! Medite e decida, porque Deus nos deu o livre-arbitro e a inteligência para escolhermos inclusive a quem queremos entregar à nossa alma.

"Divulgue, vamos resgatar almas das trevas e levar para única e verdadeira luz!"

O ESPIRITISMO É CRISTÃO?

Não, não é! Finalmente um espírita autêntico proclama esta verdade em alto e bom tom: No livro "À Margem do Espiritismo" (FEB, 3ª edição, 1981, pág. 214), do espírita Carlos Imbassahy, lemos:

• Nem a Bíblia prova coisa nenhuma, nem temos a Bíblia como probante. O espiritismo não é um ramo do cristianismo como as demais seitas cristãs. Não aceita os seus princípios nas Escrituras. Não rodopia junto à Bíblia. A discussão, no terreno em que se acha, seria ótima com católicos, visto como católicos e protestantes baseiam seus ensinamentos nas Escrituras. Mas a nossa base é o ensino dos espíritos, daí o nome espiritismo."

O espiritismo nega dezenas de verdades cristãs proclamadas ao longo dos séculos:

• A Bíblia: pela frase acima, vemos que a Bíblia é uma das verdades negadas pelo Espiritismo. Seus doutrinadores se referem a esta em tom jocoso ou de superioridade, cegos por seu próprio orgulho, como outros tantos do passado: Voltaire, filósofo francês, que morreu em 1778, disse que depois de 100 anos de sua morte, o Cristianismo sumiria. A circulação da Bíblia aumentou. E, 50 anos depois, a Sociedade Bíblica de Genebra usou a gráfica e residência de Voltaire para imprimir Bíblias!!

Nem iluministas e maçons como Voltaire, ou Kardecistas hão de conseguir reduzir o papel da Bíblia. Hoje, a Igreja divulga a Bíblia, de modo que cerca de 98% da população do globo pode ter acesso a ela. Mais que isto, é o próprio Jesus que diz: "E eu vos garanto: enquanto não passar o Céu e a Terra, não passará um i ou um pontinho da Lei." (Mt 5,18). Quando citam a Bíblia, os espíritas chegam mesmo a fazer distorções grosseiras. O sr. Américo Domingos Nunes Filho, no livro "Por que sou Espírita" que o diga: citou Mt 18,8-9 e esqueceu a última palavra do versículo: "seres lançado no inferno de fogo eterno"; em Gn 44,5 atribui a José "a taça de fazer adivinhações", quando esta, na verdade, era do faraó do Egito... Quantas mais eu poderia citar aqui? Não precisa. A FEB já se manifestou: "O Reformador", no fascículo de janeiro de 1953, na página 13, sobre a Bíblia:

• "Do Velho Testamento, já nos é recomendado somente o Decálogo, e do Novo Testamento apenas a moral de Jesus; já consideramos de valor secundário, ou revogado e sem valor algum, mais de 90% do texto da Bíblia."

• Deus: no espiritismo, o papel de Deus é secundário. Reduz-se a um mero guarda de trânsito para o vai-e-vem dos espíritos, que estão "mergulhados no fluido divino". Para quem nega o panteísmo, Allan Kardec e sua turma escorrega bastante: Espíritos "se acham mergulhados no fluido divino" (A genese, p.56).

O espírita Rangel Veloso, em seu livro "Pseudos Sábios ou Falsos Profetas", ed. 1947, pág. 34, assim se expressa ao declarar ter ouvido em centro espírita a concepção panteísta de Deus: "Deus é uma folha de papel, rasgadinha em milhões, bilhões e não sei quantas mais divisões. Lançados esses pedacinhos de papel no Universo, cada pedacinho de papel representa um homem e um ser existente, e todos reunidos, formando o todo, é deus". Ora, este não é o Deus que nós Cristãos conhecemos ao longo de toda a história da humanidade. Não é o mesmo Deus que nos revelou através de Moisés e que disse: "Eu sou o que sou" (Ex 3,14).

• A Santíssima Trindade: É constrangedor o silêncio de Allan Kardec a respeito da Santíssima Trindade. Fala de Jesus, embora negando sua natureza divina, e esquece o que Ele disse a respeito do 'Pai e do Filho e do Espírito Santo'. Em alguns trechos, parece confundir o próprio Espírito Santo com Deus-Pai.

• Jesus: "Esse Jesus de Nazaré, sem dinheiro nem armas, conquistou milhões de pessoas num número muito maior que Alexandre, César, Maomé e Napoleão; sem o conhecimento e a pesquisa científica Ele despejou mais luz sobre assuntos materiais e espirituais do que todos os filósofos e cientistas reunidos; sem a eloquência aprendida nos bancos escolares, Ele pronunciou palavras de vida como nunca antes, nem depois, foram ditas e provocou resultados que o orador e o poeta não conseguem alcançar; sem ter escrito uma única linha, Ele pôs em ação mais canetas, e forneceu temas para mais sermões, discursos, livros profundos, obras de arte e música de louvor do que todo o continente de grandes homens da antigüidade e da atualidade" (Philip Schaff, historiador). Esse mesmo Jesus não é visto como Deus no Espiritismo, é apenas mais um "espírito evoluído que continua em evolução".

Cristo é enfático ao se revelar como Deus e assim proceder. Eis um dos motivos de sua crucificação... "Mas todo aquele que me negar diante dos outros, também eu o negarei diante de meu Pai que está nos céus." (Mt 10,33).

• A Redenção: "É pelo sangue de Jesus Cristo que temos a redenção, a remissão dos pecados, segundo a riqueza de sua graça que ele derramou profundamente sobre nós", explicava São Paulo aos Efésios (1,7). Nossa redenção pela Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus é outra verdade fundamental da Fé Cristã. Nisso consiste propriamente a "Boa Nova" ou o "Evangelho". Mas nem esta verdade tão central entra no credo espírita de Allan Kardec. Segundo ele, cada um deve ser seu próprio redentor através do sistema de "reencarnações". Leão Denis o enuncia cruamente quando escreve: "Não, a missão de Cristo não era resgatar com o seu sangue os crimes da humanidade.

O sangue, mesmo de um Deus, não seria capaz de resgatar ninguém. Cada qual deve resgatar-se a si mesmo, resgatar-se da ignorância e do mal. É o que os espíritos, aos milhares, afirmam em todos os pontos do mundo." (Cristianismo e espiritismo, p. 88). Daí esta doutrina de Allan Kardec: "Toda falta cometida, todo mal realizado é uma dívida contraída que deverá ser paga; se não for em uma existência, sê-lo-á na seguinte ou seguintes." (O céu e o inferno, 88).

• O Perdão: dentro desta ótica, não há espaço no Espiritismo para o perdão. Pasmem, o perdão seria uma injustiça, pois quebraria a frieza do "olho por olho, dente por dente" que é a Lei do Karma. A lei do Karma é fatal: é ela que "explica" as injustiças e desigualdades deste mundo. Se bem que ela é também quem ajuda a mantê-la. A Índia, um país reencarcionista, com seus mais de 700 milhões de habitantes, bem demonstra tal fatalidade, com uma sociedade dividida em castas. Não é a toa que a mensagem Cristã das Irmãs da Caridade e dos Jesuítas causou tanto impacto em um ambiente deste, de povo conformado com a lei do "karma", de "se expiar" para a vida posterior. O deus no Espiritismo é um fiscal, observando a "divida contraída que deverá ser paga".

Ora, tudo recebemos da graça de Deus. Não temos como restitui-lo totalmente. É por isto que Ele abre espaço para o perdão, pois quer "que todos se salvem".

• A Confissão: onde não há o devido espaço para o perdão, também não poderia haver para o seu respectivo Sacramento. No entanto: "Jesus disse-lhes de novo: 'A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio'. Após essas palavras, soprou sobre eles e disse: 'Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados serão perdoados. A quem não perdoardes os pecados não serão perdoados'." (Jo 20,21-23).

Ignoram a história da mulher adúltera, onde Jesus diz: "Erguendo-se, disse para a mulher: 'Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?' Ela respondeu: 'Ninguém, Senhor'. Jesus lhe disse: 'Nem eu te condeno. Vai, e de agora em diante não peques mais'. (Jo 8,10-11). Jesus perdoou com o simples arrependimento. Arrependimento que, sendo sincero, apaga a falta e abre o Cristão para uma nova vida: "não peques mais". Em nenhum momento, Cristo impõe mais condições, do tipo vamos "renegociar a sua dívida".

• O Batismo: Jesus mandou os apóstolos irem pelo mundo inteiro, para ensinar a todos tudo quanto Ele lhes ordenara, batizando a todos "em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28,19-20), esclarecendo: "Aquele que crer e for batizado será salvo; o que não crer será condenado" (Mc 16,16). No Brasil, os espíritas, fiéis à doutrina codificada por Allan Kardec, já não batizam nem fazem batizar seus filhos. Nem teria sentido. Pois é pelas reencarnações que os homens devem alcançar a perfeição...

• Os Sacramentos: Além dos já citados (Batismo e Confissão) o Espiritismo nega todos os outros Sacramentos: Confirmação, Eucaristia, Ordem e Unção dos Enfermos, só aceitando mesmo o Matrimônio. Consideram os Sacramentos como "meros ritos, formas, liturgia", ignorando que eles são graças derramadas por Deus sobre os homens, justamente porque não somos nada sem a graça divina. Sem esta, não há "religare" com Deus, pois não temos força em nós mesmos para chegarmos a tanto.

• A Igreja: Jesus disse a Pedro: "Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do reino dos céus e o que ligares na terra será ligado nos céus e o que desligares na terra será desligado nos céus". (Mt 16,18-19). Mas os espíritas não dão nenhuma importância nem a Pedro e seus sucessores, nem à Igreja que Jesus dizia "sua", nem ao poder das chaves que o Senhor Jesus entregou ao chefe do Colégio Apostólico.

Jesus declarou aos apóstolos: "Quem vos ouve, a mim ouve; quem vos despreza, a mim despreza; e quem me despreza, despreza aquele que me enviou" (Lc 10,16). Para os espíritas tudo isso já está superado, pois eles vão receber as orientações dos espíritos que baixam em seus centros. No livro "Depois da Morte" (p.80), profetiza Leão Denis: "Chegará a ocasião em que o Catolicismo, seus dogmas e práticas não serão mais do que vagas reminiscências quase apagadas da memória dos homens, como o são para nós os paganismos romanos e escandinavos". Enfim, a influência maçônica de ódio à Igreja ("a Infame", segundo Voltaire) se faz presente no Espiritismo. Nada estranho: León Hippolyte Denizart Rivail (=Allan Kardec) foi maçon de grau 33 junto à Grã-Loja Escocesa Maçônica de Paris.

• Fé e Obras: Dentro da orgulhosa doutrina espírita, a salvação virá exclusivamente pelas "boas obras" que cada um faz, "resgatando as suas dívidas". Ora, eis o que leio em S. Tiago: "Por minhas obras te mostrarei a fé". São necessários os dois. São interligados, como teoria e prática. A respeito da fé, ainda vemos: "Quem não crer será condenado" (Mc 16,16); "Sem fé é impossível agradar a Deus" (Hb 11,6).

• A Ressurreição: Por mais que São Paulo fale que a Fé Cristã é baseada na Ressurreição, e que sem esta seria vazia, os espíritas a ignoram totalmente. Falam em reencarnação, trazendo à tona os paganismos, contra os quais, S. Paulo tanto lutava. Qualquer pessoa pode abrir o Novo Testamento e ver o quanto é destacada a Ressurreição. Não há porque se ampliar demais no tema...

• As Aparições: A Bíblia enumera alguns casos de aparição, onde Anjos enviados por Deus vêm a Terra dar a sua colaboração no plano salvífico. Todas estas aparições que aí vemos são de iniciativa própria, única e exclusiva de Deus, mas os espíritas acreditam que elas podem ser provocadas, à total revelia do que demonstra a Bíblia. E os caos de "encarnações": espíritos invadindo corpos, simplesmente são alheios à Bíblia, o que dispensa maiores comentários. A mesma Bíblia que deixa claro: "não evocar os mortos". Não entendo como uma proibição do próprio Deus poderia ser fundamento de uma religião deste mesmo Deus!!!

• O Inferno: Não existe inferno nem demônios no Espiritismo. Há apenas espíritos atrasados que pouco podem contra nós. Mera questão de conveniência, já que a existência de um inferno eterno levaria abaixo toda a obra de Kardec. Mas como S. Mateus e S. Marcos eram inspirados, eis que fico com estes, onde facilmente lemos: "Afastai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos". "Mas quem blasfemar contra o Espírito Santo jamais será perdoado; será réu de um pecado eterno". Deus disse: "Se tua mão ou o teu pé te é ocasião de pecado, corta-os e lança-os longe de ti. É melhor para ti entrardes na vida coxo ou manco, do que seres lançado no inferno, onde o verme não morre e o fogo não se apaga". Qualquer um pode abrir a Bíblia e ver passagens como as supracitadas.

• O Purgatório: O Espiritismo distorce a idéia do purgatório Cristão, tentando ver neste o "mundo espiritual" para as purificações e reencarnações. Ora, quem está no purgatório tem o céu como destino, não a Terra ou outro Planeta. O ser humano, gozando de seu livre arbítrio e não do determinismo kármico, tem duas opções: negar a Deus ou aceitá-lo. A primeira hipótese, o conduz ao Inferno. A Segunda, abre as portas da salvação. E o que é preciso é apenas ser fiel a Deus e à sua Santa Igreja. Este último, que fez a opção correta pode, ao morrer, carregar consigo alguns pecados, impurezas que o mancham, e "nada de impuro entrará no céu". (Ap 21,27) Como tal, Deus não o condena, mas este há de purificar-se...

"Se a obra construída sobre o fundamento resistir, o autor receberá um prêmio; e aquele cuja a obra for consumida sofrerá o dano; ele, todavia, se salvará, mas como quem passa pelo fogo" (1Cor 3,14-15). Essa é a realidade do Purgatório. Há, porém, como já vimos um outro fogo, eterno e preparado para o diabo e seus anjos. Este é para quem disse "Não" a Deus. Um fogo bem diferente do fogo do purgatório ou do fogo de Pentecostes.

• A Revelação: Deus se revela ao homem em uma seqüência de tempo: Deus-Pai, Deus Filho-Jesus, e Deus Espírito Santo. O primeiro se revelou no Antigo Testamento, entregando as leis a Moisés. Os dois últimos se revelam no Novo Testamento: Jesus, é revelado pelo próprio Pai: "E do céu veio uma voz que dizia: 'Este é o meu Filho amado, de quem eu me agrado'" (Mt 3,17). E é reconhecido como tal: "Então ele perguntou-lhes:

'E vós, quem dizeis que eu sou?' Simão Pedro respondeu: 'Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo'. Em resposta, Jesus disse: 'Feliz és tu, Simão filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue quem te revelou isso, mas o Pai que está nos céus'" (Mt 16,15-17). A Terceira Pessoa da Santíssima Trindade é também revelada no Novo Testamento, só que agora por Jesus Cristo: S. João 14, 15ss, "Eu pedirei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, que estará convosco para sempre. Ele é o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber porque não o vê nem o conhece. Vós o conheceis porque permanece convosco e está em vós. Não vos deixarei órfãos".

Realmente Cristo não deixaria os apóstolos e sua Igreja órfãos por 1800 anos. S. João 16, 5ss:

"Convém a vós que eu vá, pois, se eu não for, o Paráclito não virá a vós. Mas, se eu for, eu o enviarei a vós". "A vós": os Apóstolos, a Igreja nascente; não um indivíduo de outro século qualquer, seja ele Maomé, Allan Kardec, Reverendo Moon, Russel, ou qualquer pretensioso da espécie. "'Mas recebereis uma força, o Espírito Santo que virá sobre vós; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, até os confins da terra'. Dizendo isto, elevou-se à vista deles e uma nuvem o ocultou a seus olhos" (At 1,8-9).

"Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente veio do céu um ruído, como de um vento impetuoso, que encheu toda a casa em que estavam sentados. E viram, então, uma espécie de línguas de fogo, que se repartiram e foram pousar sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia" (At 2, 1-4).

O plano de Deus não admite lacunas: Javé – Cristo – Espírito Santo. Sem intervalos onde o homem ficaria abandonado à sua própria sorte.

Eis que paramos por aqui, mas poderíamos dar continuidade, falando de outras incomensuráveis divergências como: a criação da alma humana; recusa da união substancial entre corpo e alma; repúdio dos privilégios de Maria Santíssima; ignorância da comunhão dos santos; não admissão do pecado original; contestação da graça divina; reprovação da ressurreição da carne; e desdém do juízo final. Em uma palavra: renúncia de todo o credo cristão.

Em que consiste, pois, seu anunciado "cristianismo"? Tudo é simplesmente reduzido à aceitação de alguns princípios morais do Evangelho, tal como Allan Kardec aprendera em sua juventude, no Instituto de Pestalozzi, em Yverdun, na Suíça. Instituto protestante liberal onde, baseados na "livre interpretação da Bíblia", cada um deduzia o que bem entendesse.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Veneração de Imagens

Já os primeiros cristãos usavam imagens nos lugares de culto, nos cemitérios e nas catacumbas. Sabiam que a proibição de fazer imagens em Ex 20,4 era contingente ou devida ao perigo de idolatria que ameaçava o povo de Israel cercado de nações pagãs. Ademais o fato de que Deus apareceu sob forma visível no mistério da Encarnação parece um convite a reproduzir a face humana do Senhor e dos seus amigos. As primeiras imagens eram inspiradas pelo texto bíblico (cordeiro, Bom Pastor, pomba, peixe, âncora, Daniel, Moisés); mas podiam também representar o Senhor, a Virgem Maria, os santos Apóstolos e mártires. Desde os inícios da arquitetura sacra, as igrejas foram enriquecidas com imagens tanto a título de ornamentação quanto a título de instrução dos iletrados.
Desde os primeiros séculos os cristãos pintaram e esculpiram imagens de Jesus, de Nossa Senhora, dos Santos e dos Anjos, não para adorá´las, mas para venerá´las. As catacumbas e as igrejas de Roma, dos primeiros séculos, são testemunhas disso. Só para citar um exemplo, podemos mencionar aqui o fragmento de um afresco da catacumba de Priscila, em Roma, do início do século III. É a mais antiga imagem da Santissima Virgem, uma das mais antigas da arte cristã, sobre o mistério da Encarnação do Verbo. Mostra a imagem de um homem que aponta para uma estrela situada acima da Virgem Maria com o Menino nos braços. O Catecismo da Igreja traz uma cópia dessa imagem (Ed. de bolso, Ed. Loyola, pag.19). Este exemplo mostra que desde os primeiros séculos os cristãos já tinham o salutar costume de representar os mistérios da fé por imagens, em forma de ícones ou estátuas. É o caso de se perguntar, então: Será que foram eles ´idólatras´ por cultuarem essas imagens? É claro que não? Eles foram santos, mártires, derramaram, muitos deles, o sangue em testemunho da fé. Seria blasfêmia acusar os primeiros mártires da fé de idólatras. No século VIII, sob influência do judaísmo e do islamismo, surgiu um movimento herético que se pôs a combater o uso das imagens. Eram os iconoclastas. O grande e principal defensor do uso das imagens na época, foi o santo e doutor da Igreja S. João Damasceno (de Damasco), falecido em 749, o qual foi muito perseguido por se manter fiel e defensor dessa santa Tradição cristã. A fim de dirimir as dúvidas sobre a questão, o Papa Adriano I (772´795) convocou o II Concílio Ecumênico de Nicéia, que se realizou de 24/09 a 23/10/787. Assim se expressou o Concílio, resolvendo para sempre a questão: “Na trilha da doutrina divinamente inspirada dos nossos santos Padres, e da Tradição da Igreja Católica, que sabemos ser a tradição do Espírito Santo que habita nela, definimos com toda a certeza e acerto que as veneráveis e santas imagens, bem como a representação da cruz preciosa e vivificante, sejam elas pintadas, de mosaico ou de qualquer outra matéria apropriada, devem ser colocadas nas santas igrejas de Deus, sobre os utensílios e as vestes sacras, sobre paredes e em quadros, nas casas e nos caminhos, tanto a imagem de Nosso Senhor, Deus e Salvador, Jesus Cristo, quanto a de Nossa Senhora, a puríssima e santíssima mãe de Deus, dos santos anjos, de todos os santos e dos justos” (Catecismo da Igreja Católica, nº 1161). Essas palavras, por serem de um Concílio da Igreja, são ensinamentos oficiais e infalíveis, e não podemos colocá´los em dúvida. O grande S. João Damasceno dizia : “A beleza e a cor das imagens estimulam a minha oração. É uma festa para meus olhos, tanto quanto o espetáculo do campo estimula meu coração a dar glória a Deus “ (nº 1162). O nosso Catecismo explica que: “A imagem sacra, o ícone litúrgico, representa principalmente Cristo. Ela não pode representar o Deus invisível e incompreensível; é a encarnação do Filho de Deus que inaugurou uma nova “economia” das imagens”( 1159). S. Tomás de Aquino (1225´1274) também defendia o uso das imagens, afirmando: “O culto da religião não se dirige às imagens em si como realidades, mas as considera em seu aspecto próprio de imagens que nos conduzem ao Deus encarnado. Ora, o movimento que se dirige à imagem enquanto tal não termina nela, mas tende para a realidade da qual é imagem“( 2131). Muitos querem incriminar a Igreja Católica, afirmando que ela desrespeita a ordem que Deus deu a Moisés : “não vos pervertais, fazendo para vós uma imagem esculpida em forma de ídolo...” (Dt 4,15´16). Os cristãos, desde os primeiros séculos, entenderam, sob a luz do Espírito Santo, que Deus nunca proibiu fazer imagens, e sim “ídolos”, deuses, para adorar. O povo de Deus vivia na terra de Canaã, cercado de povos pagãos que adoravam ídolos em forma de imagens (Baals, Moloc, etc). Era isso que Deus proibia terminantemente. A prova de que Deus nunca proíbiu imagens, é que Ele próprio ordenou a Moisés que fabricasse imagens de dois Querubins e que também pintasse as suas imagens nas cortinas do Tabernáculo. Os querubins foram colocados sobre a Arca da Aliança. “Farás dois querubins de ouro; e os farás de ouro batido, nas duas extremidades da tampa, um de um lado e outro de outro... Terão esses querubins suas asas estendidas para o alto e protegerão com elas a tampa ... “ (Ex. 25,18s, Ex 37,7; 1 Rs. 6,23; 2 Cr. 3,10). “Farás o tabernáculo com dez cortinas de linho fino retorcido, de púrpura violeta sobre as quais alguns querubins serão artísticamente bordados” (Ex. 26,1.31). Que fique claro, de uma vez por todas, Deus nunca proibiu imagens, e sim, “fabricar imagens de deuses falsos” . O mesmo Deus mandou que, no deserto, Moisés fizesse uma imagem de uma serpente de bronze (Nm 21, 8´9), que prefigurava Jesus pregado na cruz (Jo 3,14). Também o rei Salomão, quando construiu o templo, mandou fazer querubins e outras imagens (I Rs 7,29). O culto que a Igreja Católica presta a Deus, e só a Deus, é um culto chamado “latria”, isto é, de adoração. Aos anjos e santos é um culto chamado “dulia”, de veneração. Maria, como Mãe de Deus recebe o culto de “hiper´dulia”, super´veneração digamos, mas que está muito longe da adoração devida só a Deus. São Pedro, ao terminar a segunda Carta falava do perigo daqueles que interpretavam erroneamente as Escrituras: “Nelas há algumas passagens difíceis de entender, cujo sentido os espíritos ignorantes ou pouco fortalecidos deturpam, para a sua própria ruína, como o fazem também com as demais Escrituras” (2 Pe 3,16). Infelizmente isto continua a acontecer com aqueles que querem dar uma interpretação individual à Palavra de Deus, sem autorização oficial da Igreja, levando multidões ao erro. Só a Igreja é a autêntica intérprete da Bíblia (cf.Dei Verbum,10), pois foi ela que, inspirada pelo Espírito do Senhor (Jo 16,12), a compôs. As imagens, sempre foram, em todos os tempos, um testemunho da fé. Para muitos que não sabiam ler, as belas imagens e esculturas foram como que o Evangelho pintado nas paredes ou reproduzido nas esculturas. E assim há de continuar a ser. É claro que o culto por excelência é prestado a Deus, mas isto não justifica que as imagens sejam retiradas das nossas igrejas. Ao contrário, elas nos lembram que aqueles que elas representam, chegaram à santidade por graça e obra do próprio Deus. Assim, as imagens, dão, antes de tudo, glória a Deus.
S. Gregório de Nissa (†394) escreveu:
“O desenho mudo sabe falar sobre as paredes das igrejas e ajuda grandemente” (Panegírico de S. Teodoro, PG 94, 1248c).
S.João Damasceno, doutor da Igreja, grande defensor das imagens no Concilio de Nicéia II, disse:
“O que a Bíblia é para os que sabem ler, a imagem o é para os iletrados” (De imaginibus I 17 PG, 1248c).
“Antigamente Deus, que não tem corpo nem face, não poderia ser absolutamente representado através duma imagem. Mas agora que Ele se fez ver na carne e que Ele viveu com os homens, eu posso fazer uma imagem do que vi de Deus.”
“A beleza e a cor das imagens estimula minha oração. É uma festa para os meus olhos, tanto quanto o espetáculo dos campos estimula o meu coração para dar glória a Deus” (CIC, 1162).
“Como fazer a imagem do invisível? … Na medida em que Deus é invisível, não o represento por imagens; mas, desde que viste o incorpóreo feito homem, fazes a imagem da forma humana: já que o inviável se tornou visível na carne, pinta a semelhança do invisível” (I 8 PG 94, 1237-1240).
“Outrora Deus, o Incorpóreo e invisível, nunca era representado. Mas agora que Deus se manifestou na carne e habitou entre os homens, eu represento o “visível” de Deus. Não adoro a matéria, mas o Criador da matéria” (Ibid. I 16 PG 94, 1245s).
O Papa São Gregório Magno († 604), doutor da Igreja, escreveu a Sereno, bispo de Marselha, que ordenou quebrar as imagens:
“Tu não devias quebrar o que foi colocado nas Igrejas não para ser adorado, mas simplesmente para ser venerado. Uma coisa é adorar uma imagem, outra coisa é aprender, mediante essa imagem, a quem se dirigem as tuas preces. O que a Escritura é para aqueles que sabem ler, a imagem o é para os ignorantes; mediante essas imagens aprendem o caminho a seguir. A imagem é o livro daqueles que não sabem ler” (epist. XI 13 PL 77, 1128c).
Diferença entre Imagem e Ídolo
Imagem não é o mesmo que ídolo. Chama-se ídolo: uma imagem falsa, um simulacro a que se atribui vida própria, conforme explica o profeta Habacuc (2, 18). Eis o que claramente indica Habacuc, dizendo: "Ai daquele que diz ao pau: Acorda, e a pedra muda: Desperta" (Hc 2, 19)
A Bíblia reza no livro de Josué: "Josué prostrou-se com o rosto em terra diante da arca do Senhor, e assim permaneceu até à tarde, imitando-o todos anciãos de Israel" (Jos 7, 6).
Terão sido idólatras Josué e os anciãos de Israel?
Foi Deus ainda que ordenou a Moisés levantar uma "serpente" de metal (Nm 21, 8) e todos os que olhassem para ela seriam curados. Ora, que "olhar" é esse que confere uma cura milagrosa diante de uma estátua de metal?
Temos as provas de como esse culto era já uma pré-figura do culto à Deus nas palavras de S. João, que diz que tal "serpente" era o símbolo do Cristo crucificado: "Bem como ergueu Moisés a serpente no deserto, assim cumpre que seja levantado o Filho do Homem" (Jo 3, 14).
Por acaso caíram também Moisés e S. João, e até o Espírito Santo (autor da Sagrada Escritura) em crime de idolatria? É claro que não.
A idolatria consistiria em achar que a divindade está em uma estátua, por exemplo. Ou seja, teríamos que colocar alimentos para as imagens, como faziam os romanos, os egípcios e os demais povos idólatras. Teríamos que achar que Deus e o santo são a mesma pessoa. No fundo, seria dizer que S. Benedito não é e nem foi S. Benedito, mas foi Deus, etc.
Nunca se ouviu algum católico defendendo que o Santo era Deus! Mesmo porque isso seria cair em um panteísmo (defendido por Calvino e Lutero em algumas de suas obras). Para se dizer que os católicos adoram os santos, eles teriam que dizer que S. Benedito, por exemplo, não é S. Benedito, mas Deus.
E, ainda mais difícil, os católicos teriam que afirmar que S. Benedito é a estátua, uma espécie de amuleto mágico...
Nenhum católico acredita que o santo seja Deus ou que ele seja a madeira da estátua (como uma divindade). Logo, não há idolatria possível, visto que esta consiste em adorar um falso deus. Alguns protestantes argumentam que só é possível fazer imagens quando Deus expressamente permite. Pergunta-se: onde está essa norma na Bíblia? É uma contradição dos protestantes, pois tudo para eles está na Bíblia, todavia, para condenar os católicos, não é necessária a Bíblia...
Deus proíbe a idolatria e não o uso de imagens
O mesmo Deus, no mesmo livro do Êxodo em que proíbe que sejam feitas imagens, manda Moisés fazer dois querubins de ouro e colocá-los por cima da Arca da Aliança (Ex 25, 18-20). Manda-lhe, também, fazer uma serpente de bronze e colocá-la por cima duma haste, para curar os mordidos pelas serpentes venenosas (Num 21, 8-9). Manda, ainda, a Salomão enfeitar o templo de Jerusalém com imanges de querubins, palmas, flores, bois e leões (I Reis 6, 23-35 e 7, 29).
Ora, se Deus manda fazer imagens em várias passagens das Sagradas Escrituras (Ex 25, 17-22; 1Rs 6, 23-28; 1 Rs 6, 29s; Nm 21, 4-9; 1Rs 7, 23-26; 1 Rs 7, 28s; etc) e proíbe que se façam imagens em outra, de duas uma, ou Deus é contraditório ou fazer imagens não é idolatria!
Portanto, fica claro que o erro não está nas imagens, mas no tipo de culto que se presta à elas.
Os Judeus, saindo da dominação egípcia, um povo idólatra, tinham muita tendência à idolatria. Basta ver o que aconteceu quando Moisés desceu do Monte Sinai com as Tábuas da Lei e encontrou o povo adorando o "Bezerro de Ouro" como se ele fosse uma divindade, um amuleto. É claro, como permitir que um povo tendente à idolatria fosse fazer imagens.
Nas imagens católicas se representam os santos, que são pessoas que possuem virtudes que os tornam "semelhantes" a Deus, como afirmou S. Paulo: "já não sou eu quem vivo, mas é Cristo que vive em mim".
Nas catacumbas encontram-se, em toda parte, imagens e estátuas da Virgem Maria; prova de que tal culto existia no tempo dos apóstolos e foi por eles praticado, ensinado e transmitido à posteridade. Uma das imagens de Nossa Senhora, segundo a tradição, foi pintada pelo próprio S. Lucas e está na catedral de Loreto, exposto à veneração dos fiéis.
As imagens católicas representam pessoas virtuosas. Virtude essa que provém da graça de Deus. O mesmo não se dava na idolatria, pois os povos idólatras representavam as virtudes e os vícios em seus ídolos.
O Concílio de Trento formalmente legitimou o uso das imagens: As imagens de Jesus Cristo, da Mãe de Deus, e dos outros santos, podem ser adquiridas e conservadas, sobretudo nas Igrejas, e se lhes pode prestar honra e veneração; não porque há nelas qualquer virtude ou qualquer coisa de divino, ou para delas alcançar qualquer auxílio, ou porque se tenha nelas confiança, como os pagãos de outrora, que colocavam a sua esperança nos ídolos, mas, sim, porque o culto que lhes é prestado dirige-se ao original que representam, de modo que nas imanges que possuímos, diante das quais nos descobrimos ou inclinamos a cabeça, nós adoramos Cristo, e veneramos os santos que elas representam (Sess XXV).
O Concílio de Nicéia, o primeiro celebrado na Igreja, no ano de 325, sob o Papa S. Silvestre I e o imperador Constantino, defende o culto das imagens contra os iconoclastas, com um vigor admirável.
Lê-se nos atos deste concílio: Nós recebemos o culto das imagens, e ferimos de anátema os que procedem de modo contrário. Anátema a todo aquele que aplica às santas imagens os textos da escritura contra os ídolos. Anátema a todo aquele que as chama ídolos. Anátema àqueles que ousam dizer que a Igreja presta culto a ídolos.

quinta-feira, 25 de março de 2010

A importância do matrimônio

Os bispos dos Estados Unidos como os da Inglaterra e Gales organizaram uma semana de atividades para chamar atenção sobre a importância do matrimônio e a vida familiar. Ao mesmo tempo, a organização Relationships Foundation publicava dois relatórios sobre o matrimônio. A 9 de fevereiro foi publicado Counting the Cost of Family Failure (Avaliando os custos dos rompimentos familiares) e, no dia seguinte, Why Does Marriage Matter? (Por que o matrimônio é importante?).

No primeiro documento, a fundação coloca em 41,7 milhões de libras (64,5 milhões de dólares) o custo anual dos relacionamentos rompidos. Isso equivale a 1.350 libras (2.088 dólares) por cada contribuinte do Reino Unido. É necessário que os responsáveis políticos levem em conta essa pesada carga econômica e adotem as medidas apropriadas para assegurar que as relações sejam mais estáveis, pedia o relatório.

“É uma verdade impopular que as decisões têm consequências e custos, e esses nem sempre são suportados por quem toma as decisões”, comentava o relatório.

A fundação afirmava também que o progresso das famílias é a chave para a vida social e a transmissão de conhecimentos e habilidades. O relatório assinalava em 73 milhões de libras (112 milhões de dólares) por ano o montante pago pelas famílias através de seu apoio aos membros familiares e os cuidados sociais que proporcionam.

O relatório observava que os gastos familiares implicam custos que não são simplesmente econômicos. Fazia referência a estudos que mostram uma maior incidência de problemas de saúde entre os adultos divorciados e seus filhos.

Além disso, os traumas emocionais, a solidão e a ruptura das relações têm um impacto significativo. A educação dos filhos também sofre danos, posto que pais divorciados têm menos tempo para ajudá-los em seus deveres e incentivá-los a aprender.

“Os representantes da Conferência Anual da Associação de Professores de 2008 afirmaram que as vidas caóticas no lar e a pobreza tornam as crianças incapazes de aprender”, observava o relatório.

A fundação admitia que não há solução fácil ou de curto prazo para o problema da instabilidade na vida familiar, mas a carga da desintegração familiar é insustentável para a sociedade, concluía.

Vantagens

O segundo relatório de Relationships Foundation considerava o outro lado da moeda e examinava as vantagens do matrimônio. Em Why Does Marriage Matter? é explicado que, ainda que quase toda relação tenha seus benefícios, as vantagens são maiores para os casais casados.

O relatório observava que alguns argumentam que esses assuntos deveriam ser decisão privada entre duas pessoas e, portanto, não convêm às autoridades públicas.

“Mas o matrimônio não afeta só dois adultos que dão seu consentimento, mas também qualquer criança envolvida, as famílias em amplo sentido e a sociedade como conjunto”, afirmava o documento.

“Ao apoiar o matrimônio, a política está reconhecendo que é benéfico ver as relações como instituições públicas, não só como eleições privadas”, continuava a fundação.

Daí a necessidade de julgar algo que não é um mito, que as relações privadas deveriam gozar das mesmas proteções legais e sociais que apoiam o matrimônio, assegurou o documento.

O relatório reunia a investigação de numerosos estudos para respaldar a afirmação de que o matrimônio é benéfico para as famílias e a sociedade em geral. Entre os benefícios para o casal estão os seguintes:

–Os homens casados investem de 10% a 40% mais que os solteiros em educação;

–Os casais casados geram maiores finanças que outros casais similares, solteiros ou que moram juntos, inclusive aqueles com rendas similares;

–O matrimônio está associado a uma redução significativa da depressão;

–O estado matrimonial contém o avanço do Alzheimer na terceira idade;

–É mais provável que as pessoas casadas sobrevivam ao câncer;

–As pessoas casadas têm um menor risco de suicídio que as pessoas não casadas, um efeito protetor que se mantém nos últimos 25 anos;

–O matrimônio faz das pessoas mais sadias e felizes, e as pessoas casadas vivem mais.

O casamento também beneficia os filhos:

–Os bebês nascidos de pais casados têm um índice menor de mortalidade infantil. Em média, o risco de mortalidade infantil aumenta entre 25-30% se a mãe forma parte de um casal de fato, e de 45%-68% se a mãe for solteira;

–Os pais casados passam mais tempo com seus filhos, proporcionam-lhes mais recursos materiais, trabalham mais próximos da mãe de seus filhos e estão mais comprometidos, emocional e moralmente, em contribuir com o futuro de seus filhos;

–70% das crianças nascidas em 1997, de pais casados, podem esperar passar toda sua infância com ambos pais naturais, em comparação com 35% dos filhos de casais de fato.

–Levando em conta fatores como raça, educação da mãe, qualidade do bairro e habilidades cognitivas, as crianças criadas com somente um progenitor correm maior risco de acabar na prisão até os 30 anos;

–As crianças que vivem com mães solteiras, padrastos, ou namorados de sua mãe são mais propícias a serem vítimas de abusos, e as crianças que vivem somente com sua mãe tem um índice mais alto de mortes por lesões intencionadas;

–Crianças cujos pais se casam e permanecem casados têm mais probabilidade de ter no futuro um casamento estável e tendem a esperar o matrimônio para terem filhos.

Os casais de fato, que hoje se costumam apresentar como uma alternativa aceitável ao casamento, simplesmente não possuem os mesmos benefícios do casamento, conclui o relatório.

Viver Juntos

O relatório explicava que os casais não casados, em média, têm um nível inferior de satisfação em sua relação, mais conflitos, mais violência e um menor nível de compromisso. No geral, a falta de benefícios para os casais de fato em comparação com os matrimônios vem do fato de que as pessoas que escolhem viver juntas e tendem a se comprometer menos em um relacionamento para a vida.

O relatório comentava ainda que alguns opinam que a relação entre famílias sólidas e as vantagens que derivam delas é devido a um efeito de seleção, o que significa que apenas pessoas “casáveis” se comprometem com o matrimônio e todos os benefícios se devem ao tipo de pessoa que o escolhe.

O documento respondia que esse argumento não é válido. Em primeiro lugar, ignora o resultado positivo de tomar uma decisão clara e um compromisso, que tem lugar quando nós nos casamos.

Em segundo lugar, o aumento de nascimentos fora do matrimônio é resultado de uma dramática mudança nas últimas décadas, que tem natureza social e não é o resultado de uma espécie de alteração genética que faz com que as pessoas sejam menos “casáveis”.

Casais

Estes dois relatórios não são mais que a última amostra de uma “inundação” de documentação que comprova o quanto o matrimônio é importante para a sociedade. Em outubro de 2009, outra organização do Reino Unido especializada em relacionamentos, One Plus One, publicou um estudo com o nome de When Couples Part: Understanding the Consequences for Adults and Children (Quando os casais rompem: Entendendo as Consequências para Adultos e Crianças).

Após a leitura dos dados da pesquisa, o relatório concluiu que, embora as evidências do impacto das separações matrimoniais sejam muito complexas, “a conclusão predominante é sua associação com as desvantagens de adultos e crianças”.

Essa ligação ainda é forte, apesar do fato de que o divórcio e a separação são difundidos na sociedade de hoje. A pesquisa mostra que os impactos negativos não diminuiram com o passar do tempo , acrescentou o relatório.

“Daí a urgente necessidade de reconhecimento político para que promovam o desenvolvimento familiar e a estabilidade”, concluía.

Crianças

Bento XVI falava recentemente dos benefícios do matrimônio, no dia 8 de fevereiro, aos participantes da assembleia plenária do Pontíficio Conselho para a Família. Fazendo referência à necessidade de proteger as crianças, o Papa comentava: “precisamente a família, fundada no matrimônio entre um homem e uma mulher, é a maior ajuda que se pode dar às crianças”.

“Elas querem ser amadas por uma mãe e um pai que se amam, e necessitam crescer e viver junto com ambos pais, porque as figuras materna e paterna são complementares na educação dos filhos e na construção da sua personalidade e de sua identidade”, acrescentou.

“Portanto, é importante fazer todo o possível para ajudá-las a crescer em uma família unida e estável”, recomendava o Papa.

Seja uma perspectiva sociológica ou religiosa, parece ter sentido apoiar e proteger o casamento.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Quem é o papa?

A palavra Papa vem do grego pai; ele é o representante (Vigário) de Cristo na Terra, sucessor de São Pedro no governo da Igreja católica. Tem autoridade sobre todos os fiéis católicos e sobre toda a hierarquia eclesiástica, incluindo o Concilio Ecumênico. Ele é infalível quando define alguma verdade “ex-cathedra” (do trono), em assuntos de fé e de moral. Esta infalibilidade foi declarada no Concilio Vaticano I, em 1870 (Constituição “Pastor Aeternus”).

A eleição do Papa é reservada aos Cardeais que se reúnem no Conclave; o novo Papa é eleito com 2/3 dos votos e só participam os Cardeais com menos de 80 anos. Não há em todo o mundo outro Estado que eleja assim o seu Chefe. Até 1059 a eleição do Papa era feito pelo clero de Roma, com a aprovação popular. Quando eleito o Papa muda de nome; o primeiro a mudar de nome foi o papa Osporco, que tomou o nome de Sérgio II (844-847).

Os livros da vida dos santos de Roma afirmam que foram mártires todos os Papas anteriores a Silvestre I (315-335) por causa da perseguição romana que só terminou em 313 com o Edito de Constantino. Com relação á cronologia e ao número de Papas há ainda algumas dúvidas por causa de fontes históricas contraditórias, e também por causa de algumas questões históricas não bem resolvidas, como o caso de papas eleitos mas não empossados; papas que reinaram várias vezes, etc. Por isso há algumas divergências entre os autores das vidas dos papas. O Anuário Pontifício indica 265 papas até João Paulo II; outras fontes falam em 264 por não contar Estevão (752) que não chegou a ser sagrado Bispo de Roma, por ter morrido três dias depois de sua eleição.

A vida dos papas é muito importante não só para os cristãos mas também para a História Geral pois, a partir da queda do Império Romano do Ocidente, eles foram figuras determinantes em muitos acontecimentos da História. Não podemos julgar a figura e a vida de um papa sem considerar as condições políticas, sociais , as lutas entre facções que a partir do século IX influenciaram as decisões de alguns papas.

Ao instituir a Igreja, a partir do Colégio dos Doze Apóstolos, Jesus o quis como um grupo estável e escolheu Pedro para chefiá-lo. (cf. Mt 16,16; Jo 21,15-17). Todo grupo humano precisa ter uma Cabeça visível para manter a sua ordem e unidade. A missão de Pedro e dos Papas, seus sucessores, sempre foi a de manter a Igreja unida e guardar a doutrina da fé. O Código de Direito Canônico da Igreja, diz que:

“O Bispo da Igreja de Roma, no qual perdura o múnus concedido pelo Senhor singularmente a Pedro, primeiro dos Apóstolos, para ser transmitido a seus sucessores, é a Cabeça do Colégio dos Bispos, Vigário de Cristo e aqui na terra Pastor da Igreja universal; ele, pois, em virtude de seu múnus, tem na terra o poder ordinário supremo, pleno, imediato e universal, que pode sempre exercer livremente”(CDC,Cân.331).

A Igreja tem a sua Cabeça divina, invisível, o próprio Cristo; e tem a sua Cabeça humana, o seu chefe visível, o Papa. Cristo assim o quis. Diz o Catecismo que:

“Somente a Simão, a quem deu o nome de Pedro, o Senhor constituiu como a pedra da sua Igreja. Entregou-lhe as suas chaves, instituiu-o pastor de todo o rebanho” (§º 881).

“E eu te declaro: Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16,18-19).

Pedro é a pedra sobre a qual Ele quis edificar a Sua Igreja. É preciso notar que o Senhor diz “a Minha Igreja”. Usou um pronome possessivo “Minha”; ela é propriedade Sua, é o Seu próprio Corpo, e Ele a quis construída sobre o Papa. Não existe outra.

Para não deixar dúvidas a respeito disto, no primeiro encontro que Jesus teve com Simão, trocou-lhe o nome para “Kefas”, que quer dizer Pedro, o mesmo que pedra em aramaico. Pedro não se deu conta da grandiosidade daquele acontecimento, no momento, mas, certamente, se lembrou dele mais tarde. Ouçamos o evangelista contar logo no início do seu Evangelho: “André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que tinham ouvido João [Batista] e que o tinham seguido. Foi ele então logo à procura de seu irmão e disse-lhe: “Achamos o Messias (que quer dizer o Cristo). Levou-o a Jesus e Jesus, fixando nele o olhar, disse “Tu és Simão, filho de João; serás chamado Kefas (que quer dizer pedra)”(Jo 1,40ss)”.

É importante observar que “no primeiro encontro” com Simão, Jesus “fixa nele o olhar” e muda o seu nome para Pedro. Isto não foi sem razão. Na Bíblia, quando Deus muda o nome de alguém, é porque está dando a essa pessoa uma missão. Para o judeu o nome da pessoa tinha algo a ver com a sua identidade e missão. Assim, por exemplo o Anjo disse a José:

“Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus [= Deus salva], porque ele salvará o seu povo de seus pecados” (Mt 1,21).

Um exemplo marcante de mudança de nome foi o que ocorreu com Abraão. Ele se chamava Abrão, que quer dizer “pai elevado” e Deus mudou seu nome para Abraão, que significa “pai de uma multidão”, porque Deus o escolhera para a grandiosa tarefa de pai do seu Povo. Diz o Gênesis:

“Abrão [note o nome antigo!] tinha noventa e nove anos. O Senhor apareceu-lhe e disse: “Eu sou o Deus todo-poderoso. Anda em minha presença e sê íntegro, quero fazer aliança contigo e multiplicarei ao infinito a tua descendência”. Abrão prostrou-se com o rosto por terra. Deus disse-lhe: “Este é o pacto que faço contigo: serás o pai de uma multidão de povos. De agora em diante não te chamarás mais Abrão, e sim Abraão, porque farei de ti uma multidão de povos...”(Gen17,18).

É interessante notar que Deus mudou também o nome de Sara, de Sarai (estéril) para Sara (fértil). “Disse Deus a Abraão: “Não chamarás mais a tua mulher Sarai e sim Sara. Eu a abençoarei, e dela te darei um filho. Eu a abençoarei, e ela será mãe de nações e dela sairão reis” (Gen 17, 15-16). A mesma mudança de nome ocorreu com Jacó, o Patriarca do povo Judeu, que Deus passa a chamar de Israel:

“Deus apareceu ainda a Jacó ... e o abençoou. Deus lhe disse: “Tens o nome de Jacó, mas não te chamarás mais Jacó: teu nome será Israel”. (Gen 35,10-13) Essa “mudança de nome” Jesus fez também com Simão, "no primeiro encontro", em vista da missão solene que lhe haveria de dar mais tarde: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja” (Mt 16,18).

Após a Ressurreição Jesus confirma Pedro como o pastor de todo o rebanho. “Tendo eles comido, Jesus perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, amas-me mais do que estes ? “Respondeu ele: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Disse-lhe Jesus. “Apascenta os meus cordeiros” (Jo 21, 15-17)”.

Por três vezes o Senhor repetiu esta pergunta a Pedro, e por três vezes lhe disse: “Apascenta as minha ovelhas”. A nenhum outro Apóstolo isto foi dito. Alguns Padres da Igreja viram nesta tríplice confirmação de Pedro como “Pastor do rebanho”, como que uma maneira de apagar aquelas três vezes que Pedro negou tristemente o Senhor dizendo: “Não conheço este homem” (Jo 18,17.25-27, Mt 26,70-75). Na verdade essa repetição tríplice era a forma solene que o hebreu usava na confirmação de uma missão.

É importantíssimo notar que, mesmo após Pedro ter negado Jesus tristemente, por três vezes, ainda assim o Senhor não tirou dele a chefia do rebanho. Como então - podemos perguntar - os homens querem tirar de Pedro e do Papa o Primado da Igreja, se nem mesmo Jesus, após ter sido negado e renegado por Pedro, tirou-lhe o mandato? Se Cristo manteve Pedro como o Chefe da Sua Igreja, mesmo após a negação triste, seremos nós homens, que teremos a ousadia de negar-lhe o primado? Não sejamos insensatos, “de Deus não se zomba” (Gl 7,1). Atentam gravemente contra a vontade expressa do Senhor aqueles que não querem aceitar a jurisdição do Papa sobre toda a Igreja universal. Desde os primeiros séculos da Igreja, o Bispo de Roma, o Papa, exerceu o primado na Igreja. Vejamos, por exemplo, o que diz São Cipriano (†258), bispo de Cartago, o grande defensor da unidade da Igreja, já no terceiro século:

“O Senhor diz a Pedro: “Eu te digo que és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos céus...O Senhor edifica a sua Igreja sobre um só, embora conceda igual poder a todos os apóstolos depois de sua ressurreição, dizendo: “Assim como o Pai me enviou, eu os envio. Recebei o Espírito Santo, se perdoardes os pecados de alguém, ser-lhes-ão perdoados, se os retiverdes, ser-lhes-ão retidos. No entanto, para manifestar a unidade, dispõe por sua autoridade a origem desta mesma unidade partindo de um só. Sem dúvida, os demais apóstolos eram, como Pedro, dotados de igual participação na honra e no poder; mas o princípio parte da unidade para que se demonstre ser única a Igreja de Cristo... Julga conservar a fé quem não conserva esta unidade da Igreja? Confia estar na Igreja quem se opõe e resiste à Igreja? Confia estar na Igreja, quem abandona a cátedra de Pedro sobre a qual está fundada a Igreja?” ( Sobre a Unidade da Igreja ).

Vemos, portanto, que desde os primeiros séculos, os cristãos já tinham a noção exata de que sobre a cátedra de Pedro foi fundada a Igreja. São João Crisóstomo (†407), bispo de Constantinopla, doutor da Igreja, um dos santos mais importantes do Oriente, dizia que:

“No interesse da paz e da fé não podemos discutir sobre questões relativas à fé sem o consentimento do Bispo de Roma.”

“Pedro, na verdade, ficou para nós como a pedra sólida sobre a qual se apóia a fé e sobre a qual está edificada a Igreja. Tendo confessado ser Cristo o Filho de Deus vivo, foi-lhe dado ouvir:

“Sobre esta pedra - a da sólida fé - edificarei a minha Igreja”(Mt 16,18).

“Tornou-se enfim Pedro o alicerce firmíssimo e fundamento da Casa de Deus, quando, após negar a Cristo e cair em si, foi buscado pelo Senhor e por ele honrado com as palavras: “apascenta as minhas ovelhas”(Jo 21,15s). Dizendo isto, o Senhor nos estimulou à conversão, e também a que de novo se edificasse solidamente sobre Pedro aquela fé, a de que ninguém perde a vida e a salvação, neste mundo, quando faz penitência sincera e se corrige de seus pecados” (Haer. 59,c,8).

segunda-feira, 22 de março de 2010

Maria e os Protestantes

´Quem são todas as mulheres, servos, senhores, príncipes, reis, monarcas da Terra comparados com a Virgem Maria que, nascida de descendência real (descendente do rei Davi) é, além disso, Mãe de Deus, a mulher mais sublime da Terra? Ela é, na cristandade inteira, o mais nobre tesouro depois de Cristo, a quem nunca poderemos exaltar bastante (nunca poderemos exaltar o suficiente), a mais nobre imperatriz e rainha, exaltada e bendita acima de toda a nobreza, com sabedoria e santidade.´

(Martinho Lutero, ´Comentário do Magnificat´, cf. escritora evangélica M. Basilea Schlink, revista ´Jesus vive e é o Senhor´).

´Por justiça teria sido necessário encomendar´lhe [para Maria] um carro de ouro e conduzi´la com quatro mil cavalos, tocando a trombeta diante da carruagem, anunciando: ´Aqui viaja a mulher bendita entre todas as mulheres, a soberana de todo o gênero humano´. Mas tudo isso foi silenciado; a pobre jovenzinha segue a pé, por um caminho tão longo e, apesar disso, é de fato a Mãe de Deus. Por isso não nos deveríamos admirar, se todos os montes tivessem pulado e dançado de alegria.´

(idem, cf. escritora evangélica M. Basilea Schlink, revista ´Pergunte e Responderemos´ nº 429).

´Ser Mãe de Deus é uma prerrogativa tão alta, coisa tão imensa, que supera todo e qualquer intelecto. Daí lhe advém toda a honra e a alegria e isso faz com que ela seja uma única pessoa em todo o mundo, superior a quantas existiam e que não tem igual na excelência de ter com o Pai Celeste um filhinho comum. Nestas palavras, portanto, está contida toda a honra de Maria. Ninguém poderia pregar em seu louvor coisas mais magníficas, mesmo que possuísse tantas línguas quantas são na terra as flores e folhas nos campos, nos céus as estrelas e no mar os grãos de areia.´

(idem, cf. escritora evangélica M. Basilea Schlink, revista ´Jesus vive e é o Senhor´)

´Peçamos a Deus que nos faça compreender bem as palavras do Magnificat... Oxalá Cristo nos conceda esta graça por intercessão de sua Santa Mãe! Amém.

(Martinho Lutero, ´Comentário do Magnificat´).

´O Filho de Deus fez´se homem, de modo a ser concebido do Espírito Santo sem o auxílio de varão e a nascer de Maria pura, santa e sempre virgem.

(Martinho Lutero, ´Artigos da Doutrina Cristã´)

´Maria é digna de suprema honra na maior medida.´

(´Apologia da Confissão de Fé de Augsburg´, art. IX).

´Um só Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, nascido da Virgem Maria.´

(idem)

´Não podemos reconhecer as bênçãos que nos trouxe Jesus, sem reconhecer ao mesmo tempo quão imensamente Deus honrou e enriqueceu Maria, ao escolhê´la para Mãe de Deus.´

(João Calvino, Comm. Sur l’Harm. Evang.,20)

´Firmemente creio, segundo as palavras do Evangelho, que Maria, como virgem pura, nos gerou o Filho de Deus e que, tanto no parto quanto após o parto, permaneceu virgem pura e íntegra.´

(Zwinglio, em ´Corpus Reformatorum´)

´Creio que [Jesus] foi feito homem, unindo a natureza humana à divina em uma só pessoa; sendo concebido pela obra singular do Espírito Santo, nascido da abençoada Virgem Maria que, tanto antes como depois de dá´lo à luz, continuou virgem pura e imaculada.´

(John Wesley, fundadador da Igreja Metodista, em carta dirigida a um católico em 18.07.1749)

´Ao ler estas palavras de Martinho Lutero [em ´Comentário do Magnificat´], que até o fim de sua vida honrava a mãe de Jesus, que santificava as festas de Maria e diariamente cantava o Magnificat, se percebe quão longe nós geralmente nos distanciamos da correta atitude para com ela, como Martinho Lutero nos ensina, baseando´se na Sagrada Escritura. Quão profundamente todos nós, evangélicos, deixamo´nos envolver por uma mentalidade racionalista, apesar de que em nossos escritos confessionais se lêem sentenças como esta: ´Maria é digna de ser honrada e exaltada no mais alto grau´.

O racionalismo ignorou por completo o mistério da santidade. O que é santo, é bem diferente do resto; diante do que é santo, só nos podemos quedar em admiração, adorar e prostrar´nos no pó. O que é santo, não é possível compreendê´lo. Diante da exotação, de Martinho Lutero, de que Maria nunca pode ser suficientemente honrada na cristandade, como a mulher suprema, como a jóia mais preciosa depois de Cristo, e sou obrigada a me confessar adepta daqueles que durante muitos anos de sua vida não seguiram esta admoestação de exaltá´la e assm também não cumpriram a exotação da Sagrada Escritura segundo a qual as gerações considerariam Maria bem´aventurada (Lucas 1,48). Eu não entrei na fila destas gerações. É verdade que também li na Sagrada Escritura como Isabel, mulher agraciada por Deus, falando pelo Espírito Santo e denominando Maria ´a mãe do meu Senhor´, lhe prestou a maior homenagem, ao lhe dizer como prima mais idosa: ´Donde me vem a honra de tu entrares em minha casa?!´ Eu, de fato, poderia ter aprendido o procedimento correto com Isabel. Mas eu não prestei homenagem a Maria com pensamento algum, com nenhum sentimento do coração, com palavra alguma, nem com algum canto. E muito menos eu a louvava sem fim, deixando de seguir a orientação de Lutero, quando escreve que jamais chegaríamos a exaltá´la o suficiente.

Minha intenção, ao escrever este opúsculo sobre o caminho de Maria, segundo o que diz dela a Sagrada Escritura, foi conscientemente reparar esta omissão pela qual me tornei culpada para com o testemunho da Palavra de Deus. Nas últimas décadas o Senhor me concedeu a graá de aprender a amar e honrar cada vez mais a Maria, a mãe de Jesus. E isto, à medida que, pela Sagrada Escritura, me ia aprofundando no conhecimento de sua vida e dos seus cainhos. Minha sincera intenção, ao escrever este livro, é fazer o que posso para ajudar, a fim de que entre nós, os evangélicos, a mãe de nosso Senhor seja novamente amada e honrada, como lhe compete, segundo as palavras da Sagrada Escritura e conforme nos recomendou Martinho Lutero, nosso reformador.

Com gratidão gostaria de confessar aqui quanto o testemunho de sua obediência, de sua entrega total de disponibilidade para andar todos os seus penosos caminhos, me foram uma bênção. Pois ela viveu e andou o caminho da humilhação, numa atitude que ´ no dizer de Lutero, quando escreve a introdução ao Magnificat ´ nos pode servir de exemplo: ´A delicada mãe de Cristo sabe ensinar melhor do que ninguém ´ pelo exemplo de sua prática ´ como devemos conhecer, louvar e amar a Deus...´

Quanto amor nós, os evangélicos, dedicamos aos apóstolos Paulo e Pedro! Muitas vezes até encontramo´nos num relacionamento individual e espiritual com eles. Nós os honramos e lhe agradecemos por terem andado este caminho de discípulos de Cristo. Agradecemos ao apóstolo Paulo, porque sabemos que, sem ele, a mensagem de Jesus não teria chegado até nós, os gentios. Exaltamos, cheios de gratidão, os mártires de nossa Igreja, cujo sangue foi semente da qual a Igreja tira vida. E nos esquecemos muitas vezes de agradecer a Maria, a mãe de nosso Senhor.

Não está ela inserida na ´nuvem de testemunhas´ que nos circundam (cf. Hebreus 12,1) e cujo testemunho nos deve fortalecer para a luta que temos a sustentar?

Se honramos apóstolos e arcanjos e deles esperamos que sejam nossos guias no caminho, usando seus nomes para denominar comunidades e igrejas nossas, então, como é que poderíamos excluir Maria, que está ligada a Jesus como a primeira e mais íntima e que andou com Ele o caminho da cruz?

A nossa Igreja Evangélica deixou de lhe prestar honra e louvor, receando com isto reduzir a honra devida a Jesus. Mas o que acontece é o seguinte: toda honra autêntica dirigida aos discípulos de Jesus e também à Sua mãe aumenta a honra do Senhor. Pois foi Ele, só Ele, que os elegeu, os cobriu com Sua graça e fez deles Seu vaso de eleição. Por sua fé, seu amor e sua dedicação para com Deus, é Deus colocado no centro das atenções e é glorificado.

É intenção nossa ´ como Irmandade de Maria ´ contribuir, em obediência à Sagrada Escritura, para que nosso Senhor Jesus não seja entristecido por um comportamento nosso destituído de reverência para com Sua mãe ou até de desprezo. Pois ela é Sua mãe que O deu à luz e O criou e educou e a cujo respeito falou o Espírito Santo, por intermédio de Isabel: ´Bem´aventurada a que creu!´

Jesus espera de nós que a honremos e amemos. É isto que nos é proposto pela Palavra de Deus e é, portanto, Sua vontade. E somente os que guardam Sua palavra, são os que amam a Jesus de verdade (João 14,23).´

(M. Basilea Schlink, escritora evangélica que escreveu, em 1960, o livro ´Maria ´ o Caminho da Mãe do Senhor´ e fundadora da Irmandade Evangélica de Maria, em Darmstadt, Alemanha; fonte

. ´Em Lourdes, em Fátima e em outros santuários marianos, a crítica imparcial se encontra diante de fatos sobrenaturais, que tem relação direta com a Virgem Maria, seja mediante as aparições, seja por causa das graças milagrosas solicitadas pela sua intercessão. Estes fatos são tais que desafiam toda a explicação natural.

Sabemos ou deveríamos saber que as curas de Lourdes e Fátima são examinadas com elevado rigor científico por médicos católicos e não´católicos. Conhecemos a praxe da Igreja Católica, que deixa transcorrer vários anos antes de declarar alguma cura milagrosa. Até hoje, 1200 curas ocorridas em Lourdes foram pelos médicos consideradas cientificamente inexplicáveis. Todavia a Igreja Católica só declarou milagrosas 44 delas. Nos últimos 30 anos, 11000 médicos passaram por Lourdes. Todos os médicos, qualquer que seja a sua religião ou posição científica, tem livre acesso ao ´Bureau des Constatations Medicales´. Por conseguinte, uma cura milagrosa é cercada das maiores garantias possíveis.

Qual é, pois, o sentido profundo destes milagres no plano de Deus? Bem parece que Deus quer dar uma resposta irrefutável à incredulidade dos nossos dias. Como poderá um incrédulo continuar a viver de boa fé na sua incredulidade diante de tais fatos? E também nós, cristãos´evangélicos, podemos ainda, em virtude de preconceitos, passar ao lado destes fatos sem nos aplicarmos a um atento exame? Uma tal atitude não implicaria grave responsabilidade para nós? Por que um cristão evangélico pode ter o direito de ignorar tais realidades pelo fato de se apresentarem na Igreja Católica e não na sua comunidade religiosa? Tais fatos não deveriam, ao contrário, levar´nos a restaurar a figura da Mãe de Deus na Igreja Evangélica?

Somente Deus pode permitir que Maria se dirija ao mundo, através de aparições.

Não nos arriscamos talvez a cometer um erro fatal, fechando os olhos diante de tais realidades e não lhes dando atenção alguma? Cristãos Evangélicos da Alemanha, deveremos talvez continuar a opor´lhes recusa e indiferença? Continuaremos a nos comportar de modo que o inimigo de Deus nos mantenha em atitude de intencional cegueira?

Não deveremos talvez abrir o nosso coração a esta luz que Deus faz brilhar para a nossa salvação? Tal problema evidentemente merece exame, não deve ser afastado de antemão, por preconceito, pelo único motivo de que tais curas são apresentadas pela Igreja Católica. Uma tal atitude acarretaria grave dano para nós mesmos e para o mundo inteiro. Grande responsabilidade nos toca. Temos o direito de examinar tais fatos. Não nos é possível passar ao largo e encampar tudo no silêncio. Hoje, em alguns países, está em causa a existência mesmo do Cristianismo. Seria o cúmulo da tolice ignorarmos a voz de Deus que fala ao mundo, pela mediação de Maria, e dar´lhe as costas, unicamente, porque Ele faz ouvir sua voz através da Igreja Católica. Como quer que seja, não podemos calar por muito tempo sobre tais realidades. Temos que examiná´las, sem preconceito, pois é iminente uma catástrofe.

Poderia acontecer que, rejeitando ou ignorando a mensagem que Deus nos faz chegar através de Maria, estejamos recusando a última graça que ele nos oferece para a nossa salvação. É, por isso, um dever muito grave para todos os chefes da Igreja luterana e para outras comunidades cristãs examinar tais fatos e tomar uma posição objetiva. Este dever impõe´se também pelo fato de que a Mãe de Deus não foi esquecida somente depois da Guerra dos 30 anos e na época dos livres pensadores da metade do século XVIII.

Sufocando no coração dos evangélicos o culto da Virgem, destruíram os sentimentos mais delicados da piedade cristã.

No seu Magnificat, Maria declara que todas as gerações a proclamarão bem´aventurada até o fim dos tempos. Todos nós verificamos que esta profecia se cumpre na Igreja Católica e, nestes tempos dolorosos, com intensidade sem precedentes. Na Igreja Evangélica, tal profecia caiu em tão grande esquecimento que dificilmente se encontra algum vestígio da mesma. Ainda uma vez estas reflexões nos impõe o dever de examinar os fatos acima citados e de tirar dos mesmos todas as conclusões pertinentes.´

(Manifesto de Dresden ´ documento redigido por vários teólogos luteranos e publicado pela revista ´Spiritus Domini´ n.5, Maio/1982)

domingo, 21 de março de 2010

Cânticos Protestantes em Celebrações Católicas

Revista: “PERGUNTE E RESPONDEREMOS”
D. Estevão Bettencourt, osb.
Nº 516, Ano 2005, Página 288.

A pedido de amigos abordaremos a temática acima.

Não é conveniente adotar cânticos protestantes em celebrações católicas pelas razões seguintes:

1) Lex orandi lex credendi (Nós oramos de acordo com aquilo que cremos). Isto quer dizer: existe grande afinidade entre as fórmulas de fé e as fórmulas de oração; a fé se exprime na oração, já diziam os escritores cristãos dos primeiros séculos. No século IV, por ocasião da controvérsia ariana (que debatia a Divindade do Filho), os hereges queriam incutir o arianismo através de hinos religiosos, ao que S. Ambrósio opôs os hinos ambrosianos.

Mais ainda: nos séculos XVII-XIX o Galicanismo propugnava a existência de Igrejas nacionais subordinadas não ao Papa, mas ao monarca. Em conseqüência foi criado o calendário galicano, no qual estava inserida a festa de São Napoleão, que podia ser entendido como um mártir da Igreja antiga ou como sendo o Imperador Napoleão.

Pois bem, os protestantes têm seus cantos religiosos através de cuja letra se exprime a fé protestante. O católico que utiliza esses cânticos, não pode deixar de assimilar aos poucos a mentalidade protestante; esta é, em certos casos, mais subjetiva e sentimental do que a católica.

2) Os cantos protestantes ignoram verdades centrais do Cristianismo: a Eucaristia, a Comunhão dos Santos, a Igreja Mãe e Mestra... esses temas não podem faltar numa autêntica espiritualidade cristã.

3) Deve-se estimular a produção de cânticos católicos com base na doutrina da fé.

Estevão Bettencourt O.S.B.

sábado, 20 de março de 2010

A MENINA DO “MARRON GLACÊ”

Em síntese: Susan, filha do ex-pastor Francisco Almeida Araújo, narra como se converteu ao Catolicismo após um sinal portentoso atribuído à Virgem Santíssima. Desejava um “Marron glacê”, ... e este lhe foi obtido pela Mãe do céu, que ela invocara. Daí o nome de “Menina do Marron Glacê”.

“Se é bom conservar escondido
o segredo do rei, é coisa louvável
revelar e publicar as obras de Deus”.

Tobias 12,7

- Oi, tudo bem? Meu nome é Susan e muitos me conhecem como A Menina do “Marron Glacê”. Sou a Sexta filha do Diácono Francisco. Vou falar um pouco de mim, das experiências por que passei, saindo da Igreja Protestante e indo para a Igreja Católica, e também dos milagres que aconteceram comigo e minha família.
Naquela época eu tinha 8 para 9 anos. Tive uma infância muito boa e feliz. Ia todos os domingos para a igreja; morávamos em Atibaia, interior de São Paulo.
Em certa ocasião meu pai e minha mãe estavam se afastando da igreja e o pastor me perguntou por que meus pais não estavam freqüentando o culto aos domingos.
Eu, assustada, não soube responder. Quando cheguei em casa, disse aos meus pais que o pastor havia perguntado por eles. Interroguei:
- “Pai, por que o senhor não está indo mais à igreja?”
Ele, na mesma hora, mudou de assunto.
Eu, menina quer era muito esperta, fiquei quieta. A semana passou ...
Chegou o Domingo!
Quando acordei, vi que estava atrasada para o culto e achei muito estranho, porque meu pai sempre acordava os filhos para irem à igreja. Naquele Domingo meu pai não havia chamado ninguém para se levantar.
Eu, como gostava de ir ao culto, corri depressa para me aprontar.
Meus pais estavam na casa, lendo a Bíblia e eu disse:
“Bênção, pai! Bênção, mãe! Vou correndo para o culto. Quando voltar, quero saber por que o senhor fica inventando desculpas para não ir ao culto, e também agora nem me acorda mais, nem a meus irmãos!?”
Quando cheguei à porta da igreja, lá estava o pastor cumprimentando a todos. Eu pensei assim: “Que mais vou inventar para dizer ao pastor por que meus pais e meus irmãos não vem mais à igreja? Lá vou eu”.
O pastor falou:
“Oi, minha filha, o que aconteceu com seu pai, que não veio desta vez?”
Respondi:
- “Pastor, o senhor não sabe da maior: meu pai está doente, está de cama”.
Ele respondeu:
- “Vou pedir oração para o pastor Francisco e à tarde vou fazer uma visita a seu pai”.
Na mesma hora fiquei assustada porque sabia que meu pai não estava doente. Mas eu não entendia por que meus pais não estavam indo mais ao culto.
Quando terminou o culto, voltei para casa e disse a meus pais que o pastor novamente perguntou por eles e que eu havia respondido que o pai estava doente, sendo que o pastor disse que viria fazer-lhe uma visita.
Meu pai tranqüilizou-me, dizendo que eu não havia mentido, pois ele estava com a garganta inflamada. Olhou para minha mãe e falou:
- Não é, Didi?”
Minha mãe respondeu:
- “É verdade, Susan”.
Naquele momento fiquei muito aliviada, minha cabecinha não estava mais confusa.
O pastor veio visitá-lo, orou e disse que no próximo domingo o culto seria celebrado por ele. Meu pai respondeu:
- “Tudo bem!”
A semana passou, chegou o Domingo e meu pai mandou uma carta para o pastor. Eu não sabia o que estava escrito, mas meus irmãos, sim.
Um mês se passou, 3 meses, 6 meses e assim por diante.
Certa ocasião ouvi meus pais rezando a Ave-Maria, na sala. Eu ouvi e comecei a chorar porque eu tive sempre na minha cabeça, e a igreja falava, que a Virgem Maria não ouvia orações, que teve vários filhos e que era pecado rezar a sua oração.
Entrei na sala. Meu pai falou:
- “Meus filhos, faz dois anos que estou estudando a Bíblia e livros de outras religiões com sua mãe e descobrimos que a Igreja verdadeira é a Igreja Católica”.
Na mesma hora meus irmãos concordaram em ir para a Igreja Católica.
Eu não. E falei:
- “Pai, o senhor vai para o inferno e vai levar os meus irmãos e minha mãe juntos. Sempre o senhor disse que a Igreja Católica é coisa do inimigo”.
Daí meu pai explicou por que estava mudando de religião. Falou sobre a Eucaristia e também sobre a Assunção de Nossa Senhora ao Céu. Ficou mais de quatro horas conversando e explicando que a Igreja Católica é a Igreja verdadeira.
Quando ele terminou, eu disse que não ia sair da igreja protestante.
O pastor despediu meu pai.
Enfim, o dinheiro estava acabando e começamos a passar fome, comendo apenas mandioca no café, no almoço e no jantar .. A família estava parecendo cara de mandioca.
Era todo santo dia.
Uns dias depois eu disse a meu pai que queria tanto comer doce de “marron glacê”. Meu pai olhou para mim, segurou minha mão e respondeu:
- “Vá para seu quarto, ajoelhe-se e peça à Virgem Maria, ela vai lhe dar”.
Olhei com os olhos cheios de lágrimas para meu pai e disse:
- “Papai, vou pedir; se ela me der amanhã, às 9 horas da manhã, eu vou acreditar que a Virgem Maria ouve realmente as orações”.
Então fui para meu quarto e comecei a orar: senti uma sensação diferente, parecia que havia uma pessoa do meu lado. E esta sensação era muito gostosa, tão gostosa que não consigo explicar. Só quem já passou por esse momento entende.
Hoje eu entendo: aquela sensação que eu senti era minha querida Mãezinha do Céu que estava perto daquela menininha que tinha apenas 8 anos de idade.
Realmente nossa Mãezinha do Céu trouxe a lata de “marron glacê”, através de uma senhora da Igreja Católica e por sinal essa senhora é muito católica e amada pela Virgem Maria.
Trouxe exatamente às 9 horas da manhã e me disse:
- “Esta lata de doce, menininha, Nossa Senhora mandou para você. Ela a ama muito”.
Eu comecei a chorar e agradecer à Virgem Maria. Na mesma hora o relógio tocou. Fui para meu quarto e pedi perdão à Mãezinha do Céu.
Daí então fui para a Igreja Católica e fiz minha Primeira Comunhão.

sexta-feira, 19 de março de 2010

A IGREJA CATÓLICA É RICA?

Entre todas as teorias de conspiração acerca da Igreja Católica, a afirmação de que ela seria uma potência financeira é das que mais subsiste em nossos dias e é habitualmente utilizada pelos seus detratores. Seria mesmo a Igreja Católica uma instituição bilionária, portentosa de riquezas, à qual bastaria vender todos os seus supostos tesouros para com isso acabar com a pobreza dos povos? O Óbolo de São Pedro... O que é isso? É a coleta que será feita uma vez por anos em todas as Igrejas para ajudar a manutenção da Cúria Romana.

“Como? O Vaticano não é rico?” – Sim e não! É rico de igrejas, ornamentadas com obras de arte de valor enorme, de museus igualmente cheios de doações feitas por reis, príncipes, grande artistas e benfeitores da humanidade, que doaram objetos preciosos à Igreja em reconhecimento a Deus por graças recebidas.

Mas não são bens comerciáveis! Um dia (logo depois da guerra mundial) o Cardeal de Milão necessitava de dinheiro para reconstruir as igrejas da cidade, devastadas pelos bombardeios. Foi pedir empréstimos aos Bancos. Os banqueiros perguntaram quais bens a diocese tinha para hipotecar em caso de não restituição do empréstimo. O Cardeal era um homem santo, mas entendia pouco de negócios comerciais; ofereceu hipotecar o domo de Milão. Uma catedral maravilhosa, de valor inestimável! Os banqueiros responderam: “Não é um bem comerciável! Quem a compraria? Tem só despesas de manutenção!”.

Os tesouros de arte do Vaticano, não são como o dinheiro nos Bancos, que dão renda; são bens que exigem manutenção caríssima! As ofertas dos turistas que os visitam, devem ser empregadas para conservação e restauro destes tesouros. Quem entra nas igrejas antigas de S. Paulo, Omo a de S. Francisco, admira toda aquela decoração de madeira trabalhada artisticamente. Mas terá observado que desde anos estão técnicos trabalhando sobre os andaimes para salvar a madeira do cupim, da umidade, da poluição do ar, restaurá-la e refazer as pinturas. E não é qualquer biscateiro que sabe fazer um trabalho semelhante!

No Vaticano trabalham mais de dois mil empregados: guardas, porteiros, faxineiras, funcionários das congregações romanas, que devem atender ao governo de um bilhão de católicos, coordenação de milhares de institutos religiosos, dioceses, seminários...

São em número menor do que os funcionários da prefeitura de Osasco; mas eles também não vivem de ar; devem ser pagos serviço que prestam. Se servirem ao povo católico do mundo inteiro, é justo que os católicos contribuam ao sustento.

O mesmo argumento vale para as dioceses. O Bispo e a cúria diocesana trabalham para o povo da diocese; devem ser mantidos pelo povo, como o seminário que prepara os futuros padres. O povo contribui com o dizimo e as coletas. Por isso as paróquias dão a coleta do dia de São Pedro à manutenção da igreja universal e dez por cento da arrecadação mensal à manutenção da diocese e do seminário. É justo que seja assim.

quinta-feira, 18 de março de 2010

PT decide apoiar o desumano plano de direitos humanos do governo

O Partido dos Trabalhadores, em seu Congresso realizado de 18 a 20 de fev 2010, aprovou lamentavelmente o Programa Nacional de Direitos Humanos do governo, editado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva no final de 2009, por Decreto. Os delegados do PT entenderam que o partido deve manifestar "apoio incondicional ao programa" por considerar que ele é "fruto de intenso processo de participação social".

O Plano de Direitos Humanos do Governo, que quase nada tem de direitos humanos, é criticado fortemente pelos militares, pela Igreja Católica, pelos setores do agronegócio, pela Imprensa, pelos Magistrados e outros segmentos da sociedade. A Igreja repudia a descriminalização do aborto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo, e com adoção de crianças, a retirada dos símbolos religiosos de locais públicos, a revisão da lei da Anistia, a restrição à liberdade de Imprensa. Dr. Ives Gandra Martins considerou o Programa “desumano”. É preciso que o povo católico saiba disso.

sábado, 6 de março de 2010

A Pílula do Dia Seguinte

Por: Dom Gil Antônio Moreira – Bispo de Jundiaí

O assunto é de muita polêmica. Ela é abortiva ou não? Não tenho dúvida que seja, de acordo com a bioética que afirma ter o ser humano seu início na fecundação. Se é abortiva, é anticonstitucional distribuí-la, uma vez que, no Brasil, os únicos casos de aborto legal não prevêem esta modalidade.

Respeitáveis médicos e cientistas, no mundo, no Brasil e em nossa cidade, têm demonstrado, com clareza, os efeitos abortivos do medicamento. Podem ser citados Dr. Jéròme Lejeune, da área mundial, Dra. Lílian Piñeiro Eça, no País, Dr.Eurico Malagodi e Dr.Albino Fávaro Neto, em Jundiaí, entre outros.

Além de seu efeito abortivo, os cientistas afirmam o caráter extremamente agressivo ao organismo feminino, podendo até mesmo causar óbito.

Em Jundiaí, uma abalizada argumentação do médico, Vereador Dr. Cláudio Miranda, possibilitou à Câmara Municipal aprovar praticamente por unanimidade, com apenas uma abstenção e nenhum voto contrário, a proibição da distribuição do referido medicamento no Município. O conceituado Médico, usando de seus conhecimentos profissionais, demonstrou de forma irrefutável o quanto prejudicial a tal pílula é para o organismo feminino, ‘uma verdadeira bomba hormonal’. O Senhor Prefeito, sabiamente, sancionou a lei.

Causa-me muita estranheza que pessoas inconformadas com a decisão têm afirmado que as autoridades municipais agiram por pressão do bispo diocesano. Infelizmente, o termo tem sido repetido até mesmo por parte da mídia local, mas, a meu ver, sem a devida informação a respeito da veracidade dos fatos. Por isso, julgo ser meu dever informar aos caros jornalistas e aos prezados leitores sobre a verdade na questão. No exercício da liberdade democrática de emitir minha opinião sobre aspectos importantes da vida pública, não fiz e não faço pressão sobre ninguém, pois sei respeitar a liberdade dos meus semelhantes e tenho a maior atenção ao trabalho sério de nossos governantes, independente de seus partidos. Sabemos que eles não precisam ser pressionados para tomarem suas decisões, uma vez que são dotados de maturidade humana e bastante livres para agirem conforme a sua própria consciência. O fato de manifestar minha simpatia ao projeto de Dr. Cláudio Miranda não pode, honestamente, ser classificado de pressão. Ao Senhor Prefeito não foi nem mesmo necessário dar minha opinião a este respeito. Apenas ouvi dele, em um encontro informal, que não iria vetar a lei, por dever de consciência.

Não posso crer também que os motivos para a votação unânime tenham tido influência religiosa, pois na Câmara de Jundiaí há vereadores de vários credos, tendo todos votado favoravelmente, com apenas uma abstenção, sendo evangélico inclusive Dr.Cláudio, o autor do projeto de lei.

Nem se pode afirmar que seja um simples resultado da Campanha da Fraternidade, porque o projeto de Dr.Cláudio é do ano passado, portanto anterior à CF.

Também não vejo nenhum interesse eleitoreiro na aprovação da lei, pois o Vereador proponente pertence à oposição política ao Prefeito e este, isento de paixões partidaristas, quis livremente sancioná-la.

Um fato recentíssimo vem corroborar a sábia decisão da Câmara de Jundiaí, que foi a condenação da pílula-do-dia-seguinte, não numa cidade, mas em todo um país, que é o Chile, seguindo o exemplo de outras nações. É necessário também recordar que não foi Jundiaí a primeira cidade brasileira a proibir o uso da tal pílula, havendo ao menos quatro outras que a precederam.

A eventual desaprovação da referida pílula em outras Câmaras Municipais se tornaria uma realidade, não fosse a pressão de forças do Governo Federal que, incompreensivelmente se negam a aceitar o seu caráter abortivo, contrariando assim a ciência, e não querem enxergar os danos que ela causa às mulheres.

Oxalá o Brasil, constituído de um povo feliz com a vida, francamente contrário a leis abortistas, tenha a coragem de dar uma grande lição ao mundo de respeito à dignidade da vida e do valor incondicional da pessoa humana!