segunda-feira, 14 de junho de 2010

Dados do Concílio Vaticano II

O Concílio Vaticano II teve a duração de três anos, um mês e vinte e nove dias. Nesse tempo cerca de 2200 Bispos do mundo inteiro encontraram-se 4 vezes em Roma, vivendo, rezando e trabalhando juntos durante 281 dias. Desses 281 dias, 59 foram na I Sessão (11 de outubro de 1963), 67 na II Sessão (de 29 de setembro até 4 de dezembro de 1963), 69 na III Sessão (de 14 de setembro até 21 de novembro de 1964) e 86 na IV Sessão (de 14 de setembro até 08 de dezembro de 1965). Trabalharam em 168 Congregações Gerais (36 na I, 43 na II, 48 na III e 41 na IV sessão). E assistiram a 10 sessões solenes.

Nestes dias pronunciaram 2.217 discursos (600 na I, 618 na II, 666 na III e 333 na IV Sessão) e entregaram 4.361 intervenções escritas não pronunciadas. Ouviram 147 relatórios e fizeram 544 votações, nas quais foram utilizadas 1.360.000 fichas para sufrágios individuais. Morreram neste período 253 Bispos (6 do Brasil).
O Concílio, com seus teólogos e peritos, preparou, discutiu, emendou, votou e promulgou 16 documentos: duas Constituições dogmáticas, uma Constituição pastoral, uma Constituição litúrgica, nove Decretos e três Declarações.
E assim no dia 08 de dezembro de 1965 estava tudo preparado para encerrar formal e solenemente o XXI Concílio Ecumênico. A cerimônia foi realizada na Praça de São Pedro, em frente da Basílica Vaticana. Durante a Santa Missa, celebrada pelo Papa, Paulo VI pronunciou sua comovente homilia de despedida. Depois anunciou as Mensagens do Concílio aos Governantes, aos Intelectuais (com o abraço a Jacques Maritain e o aplauso dos Bispos), aos Trabalhadores, aos Artistas, às Mulheres, aos Jovens, aos Sofredores. Mons. Felici, Secretário Geral do Concílio, leu o Breve de Encerramento. Então todos juntos cantaram as aclamações finais e as orações por todos quantos trabalharam no Concílio. Tudo terminou com a Bênção Apostólica, à qual Sua Santidade aditou as seguintes palavras: “Em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo: Ide em paz!” Ao que a assembléia respondeu: “Demos graças a Deus!”. O relógio marcava 13h25.

À noite deste mesmo dia já estavam os Bispos do Brasil no avião, para retornar, cada um à sua Diocese. E tentar viver no espírito do Concílio Vaticano II.
O Concílio Vaticano II, XXI Concílio Ecumênico da Igreja Católica, foi aberto sob o papado de João XXIII no dia 11 de outubro de 1962 e terminado sob o papado de Paulo VI em 8 de dezembro de 1965. Nestes três anos, com grande abertura intelectual se discutiu e regulamentou temas pertinentes à Igreja católica, sempre visando a um melhor entendimento de Cristo junto à realidade vigente do homem moderno.

Na homilia de abertura do CVII aos padres conciliares, o Papa da época expõe sua intenção:
“Procuremos apresentar aos homens de nosso tempo, íntegra e pura, a verdade de Deus de tal maneira que eles a possam compreender e a ela espontaneamente assentir. Pois somos Pastores...” (João XXIII, 1962)
O resultado desta procura pela verdade de Deus é sempre um melhor entendimento não só de Deus, mas também de todas as coisas do mundo. Um melhor entendimento, porem, não necessariamente implica em uma negação do que já se sabia. Assim, o CVII com seus resultados não marcou uma ruptura com o passado negando o que já se sabia, muito menos um afastamento das coisas presentes. Mas antes, João Paulo II, o grande, claramente ensina que “... graças ao sopro do Espírito Santo, o Concílio lançou as bases de uma nova primavera da Igreja. Ele não marcou a ruptura com o passado, mas soube valorizar o patrimônio da inteira tradição eclesial, para orientar os fiéis na resposta aos desafios da nossa época.” (JOÃO PAULO II, 1995) .

No conteúdo dos documentos conciliares encontramos realmente a verdade de Deus de uma maneira que todos podem compreender facilmente e desta forma assentir com mais docilidade e amor. Os documentos são os seguintes:

Desses 16 documentos, quero nesses próximos capítulos abordar assuntos relacionados às Constituições, no qual encontraremos várias riquezas de ensinamentos. Pedimos a Deus Pai, por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo e pela graça do Espirito Santo, um coração acolhedor, para que possamos acolher todas as verdades deste Santo Concílio e vivenciá-las no nosso dia-dia. Que a SS. Virgem Maria interceda por nós.
Fonte: O Livro: O Concílio Vaticano II - José Amilton Aragão (págs. 15,16 e 17).

Nenhum comentário:

Postar um comentário